sábado, 26 de junho de 2010

Dia #14 - Grupo E - Holanda, Japão e os aprendizes de Zico


Depois da desclassificação da Itália, este dia não poderia proporcionar mais nenhuma grande surpresa. Um jogo seria confronto direto por vaga, o outro para treinar a Holanda.

Foi o que aconteceu. Até esta rodada, a Laranja está muito longe de ser mecânica, parecendo mais uma mexerica ainda verde no pé, vencendo mais não convencendo. E Camarões, já desclassificado, vinha apenas pela honra.

E o jogo não teve graça nenhuma. Não é que tenha sido um jogo horroroso, mas foi desinteressante. Todo mundo foi assistir Japão e Dinamarca (mesmo quem deveria ter visto outro), pois lá teve emoção e bom futebol. Para não dizer que nada foi relevante, teve a entrada de Robben, e a participação dele no segundo gol. Eto'o até chegou a empatar de pênalti, para não passar em branco. Mas foi só.


A grande jogo foi mesmo Japão e Dinamarca. O time japonês está ganhando muita confiança conforme avança o mundial. E não é para menos. Honda e Endo, a dupla responsável pelas ações de ataque da equipe, é muito habilidosa, tem muito talento, e sabe usar bem. Ambos cresceram no Japão dos anos 90, que viu o crescimento do futebol através de um embaixador muito especial: Zico. Endo chegou a trabalhar com o galinho na Copa passada, mas é evidente que ambos aprenderam muito com ele.

O primeiro gol, de Honda, de falta pelo lado aos 17'. A Jabulani teve endereço direto para rede, sem aprontar das suas, e com o goleiro dinamarquês se posicionando mal. O time manteve o domínio, e Endo fez mais um aos 30', de falta outra vez, agora frontal. A perfeição não é a mesma, mas ninguém duvida que os alunos usaram da concentração oriental para estudar e treinar os ensinamentos do mestre, e os aplicaram muito bem.

A Dinamarca tentava se recompor. Tomasson, Rommendal e o grandalhão Bendtner tentavam organizar o ataque, mas esbarravam na própria afobação. No segundo tempo, o técnico Molten Olsen colocou mais dois atacantes, encheu e área japonesa e abusou de levantamentos na área, sem sucesso. Conseguiu apenas um pênalti aos 35, convertido.

O 2 x 1 não intimidou o Japão, que jogava no contra-ataque usando da tradicional velocidade asiática. E numa dessas jogadas, mais uma vez Honda desequilibrou. Deu um drible dentro da área, digno de jogador sulamericano (como diz Birner aqui) ficou cara-a-cara com o goleiro. Mais uma vez mostrou uma personalidade digna de Zico, não foi fominha, e passou para o companheiro que estava na cara do gol só empurrar.

Classificados

1 - Holanda
2 - Japão

Um comentário:

  1. Ola bom dia muito bom seu comentário porem eu ainda fica com a seguinte frase do Animal Edmundo.
    Driblar voce ja nasce sabendo, é um dom de Deus.
    Marcar qualquer um aprende.
    Pegue qualquer time da Africa, ou até mesmo da Coreia, exemplo disso é o Japão,veja quanto evoluiu, treine um ano aqui no Brasil, e com o vigor físico aplicado hoje, Infelizmente a força supera a técnica.
    Jogadores craques, são iguais a Duplas sertanejas, somente 1 em 10 milhões é que vinga

    Abraços e Parabens pelo Blog.

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