domingo, 20 de junho de 2010

Dia #10 - Itália 1 x 1 Nova Zelândia - Zebra de dimensões paquidérmicas

A seleção campeã do mundo emapatou com a Nova Zelândia. Impressionante

A Itália tem 9 jogadores com mais de 30 anos, sendo que seu capitão tem 36. Não existe quem me convença de que isso vale a pena.

Lippi agora está sofrendo na pele o fato de ter deixado Giuseppe Rossi e Marco Boriello em casa. E para piorar, a escolha boa que ele levou, que é Di Natale, deixa no banco. O artilheiro da Serie A, com a expressiva marca de 29 gols, tem muito mais capacidade que o titular Iaquinta.

Mas a crise italiana é tão grande, que nem a função em que historicamente é imbatível, a defesa, é confiável. E isso se mostrou rapidamente no jogo contra os fracos All Whites: falta batida na área, houve um desvio no meio do caminho, e o capitão Cannavaro falhou mais uma vez (repetindo o jogo contra o Paraguai), Ainda que em impedimento, apareceu Smeltz para emprurrar para dentro. Marchetti, substituto do machucado Buffon, nada pode fazer.

Todo planejamento da equipe se foi. A Italia teve que ir construir novamente o resultado. Abusava de cross na área, mas claramente falta uma ligação da defesa com o ataque. De Rossi joga muito bem, mas sozinho não é capaz de ser criativo. Marchisio e Montolivo tem potencial, são esforçados, mas não têm conseguido render o que se espera. Pirlo faz muita falta.

E Pepe foi o maior erro de Lippi nesta Copa. Só se deu bem na temporada por ter um bom entrosamento com Di Natale na Udinese. Colocá-lo em campo sem o companheiro é desperdiçar um jogador.

O gol foi achado: pênalti mal marcado pelo juiz hondurenho. Iaquinta bateu e empatou aos 30' do primeiro tempo.

Daí para frente, a única coisa que merece ser comentada é a bravura defensiva neozelandesa. Defenderam com conetração, sem inventar, tirando da própria área com chutão. A Squadra Azzurra, que no papel tem mais recursos, era nula na criação. Abusava de cruzamentos. Quando entrou Di Natale, ele mesmo pouco fez.

No fim, um ataque dos neozelandeses em cima outra vez de Cannavaro quase deu números inacreditáveis à partida. Se bem que esse empate já é difícil de acreditar.

No fim, euforia de uns e amargura de outros. Qualquer Nonna italiana acreditava antes da Copa que nesse momento estaria comemorando a classificação. Agora, terão que apelar para a matemática.

Existem 2 razões para os italianos não estarem com sensação de catástrofe surprema. O primeiro, é que na copa de 82, quando venceram, o time empatou os 3 primeiros jogos jogando futebol medíocre. (Mas o material humano lá era bem melhor). O segundo é que a eterna rival França está bem pior.

Mas, como disse Milton Leite na transmissão do Sportv, foi uma zebra de dimensões paquidérmicas.

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