
sábado, 19 de junho de 2010
The Big Picture
Depois desse post lamentável que eu acabei de colocar, posto aqui um link para a série "The Big Picture" que o site boston.com sempre faz sobre acontecimentos importantes no mundo. São fotos fantásticas, vale a pena dar uma olhada. Deixo aqui uma de aperitivo:

Dia #8 - Inglaterra 0 x 0 Argélia - Expresso minha indignação
Na boa, esse time Inglês ta dando nos nervos já. Que futebol horroroso! Não é possível que o maior salário da Copa não consiga fazer Gerrard, Lampard, Cole, Rooney, Terry e cia jogarem bola.
A apresentação do time foi pífia, as mudanças de Cappello ou foram erradas ou na hora errada. Um time desses ter em Heskey o jogador que mais se movimenta é muito triste para o futebol.
Pelo menos os técnicos poderiam ter colocado em campo os frangueiros da primeira rodada. Mas nem isso!
Os argelinos que me desculpem, mas esse resultado não teve nenhum mérito deles. Foi plena incompetência inglesa.
Olha, meus leitores que me desculpem, mas esse jogo nem merece o tempo que eu gastaria buscando as fotos. Então vai ficar sem mesmo.
Endosso o comentário no blog de Marina Hyde, colunista do The Guardian cobrindo a copa (clique para ler toda a coluna):
"Draw was comically unwatchable"
A apresentação do time foi pífia, as mudanças de Cappello ou foram erradas ou na hora errada. Um time desses ter em Heskey o jogador que mais se movimenta é muito triste para o futebol.
Pelo menos os técnicos poderiam ter colocado em campo os frangueiros da primeira rodada. Mas nem isso!
Os argelinos que me desculpem, mas esse resultado não teve nenhum mérito deles. Foi plena incompetência inglesa.
Olha, meus leitores que me desculpem, mas esse jogo nem merece o tempo que eu gastaria buscando as fotos. Então vai ficar sem mesmo.
Endosso o comentário no blog de Marina Hyde, colunista do The Guardian cobrindo a copa (clique para ler toda a coluna):
"Draw was comically unwatchable"
Dia #8 - Estados Unidos 2 x 2 Eslovênia - Meteram a mão nos yankees, sorte dos fumantes!
A Eslovênia estava bem postada na defesa, pronta para o contra ataque. O primeiro gol saiu de um chute forte e muito bonito de fora da área de Birsa. O time norte-americano estava muito desorganizado, tentando jogadas de ataque pouco efetivas. Brecko era o melhor em campo, devido principalmente às ações defensivas.
No fim do primeiro tempo, parecia que as esperanças americanas iam por água abaixo mesmo. O time da ex-Iugoslávia encaixou um ótimo contra-ataque que culminou no gol de Ljubijankic (eita nome difícil!). As equipes desceram aos vestiários com os eslovenos sentindo que a fatura estava liquidada.
Esse foi o ingrediente fundamental para inflar todo o time com um sentimento de Obama: "Yes, We Can!". Abusando do estilo anglo-muricytico de cruzamentos na área, o volume de ataque era quase que exclusivamente yankee. Donovan estava inspiradíssimo, criava lances para seu ataque, mas a inexperiência pesava na hora da conclusão. Os poucos lances eslovenos paravam facilmente nas mãos de Howard. A situação era dramática, pois esta derrota deixava o time 90% fora da copa.
Foi então que, no melhor estilo hollywoodiano, em lance que nasce em lançamento de Donovan, Altidore põe no meio da área e Michael Bradley, filho do técnico, chuta de bico e empata a partida aos 37'.
Foram inúmeras reclamações, e com razão na minha opinião. Se aconteceu alguma coisa, foi pênalti! Interessante como é a cabeça da imprensa americana. Lendo a coluna de Peter King hoje, ele não foca só em fazer duras críticas ao juiz. Julga muito seu despreparo. O que ele faz e escrever toda uma coluna criticando a FIFA, dizendo que queria fazer um reclamação formal pelo lance inexplicado. Deve ser assim que eles agem lá, vão direto na NFL, NBA e MLB para criticar, e provavelmente da resultado.
Para acabar esse post (que ficou longo), duas coisas:
No segundo tempo, visivelmente seus jogadores estão cansados e defendem no sufoco. Segundo Junior, que está na Africa pela Globo e ficou no mesmo hotel dos eslovenos, é porque eles fumam descontroladamente.
E as manifestaçes dos jogadres americano logo após a partida:
Maurice Edu (@mauriceedu), Jozy Altidore (@jozyaltidore17), Stuart Holden (@stuholden22) e Landon Donovan (@landondonovan). Posto aqui inclusive a mensagem que ele deixou no perfil dele no Facebook:
Wow, where to start. Such an emotional roller coaster today. I couldn't be prouder of our guys and how hard we worked to deservedly win the game. Unfortunately soccer can be cruel sometimes. Thanks again to all the US support, it is so inspiring. See you Wednesday night
Dia #8 - Alemanha 0 x 1 Sérvia - Cartão amarelo!
Podem falar que foi culpa do salto alto, ou da falta de pontaria, ou ainda do Klose. Mas na minha opinião, foi culpa do juiz.
O espanhol Alberto Undiano aplicou desde o começo do jogo um critério muito duro, bastante questionável, aparentemete por medo do futebol truculento que os sérvios e os germânicos pudessem vir a praticar. Aos 37 minutos do primeiro tempo, ele levantava o cartão pela 6a. vez, algo que pode até ser visto aqui em campos tupiniquins, mas lá fora é muito difícil. O problema é que esse era o 2o. cartão do atacante Miroslav Klose, e ele acabou indo para o chuveiro mais cedo.
O time da Sérvia, pressionado por ter perdido a primeira partida, tinha uma postura ofensiva mesmo antes da expulsão. Teve chances reais com chutes de fora da área e uma falta cobrada por Kolarov. É uma equipe que no papel tem qualidade e experiência. E soube colocar isso em prática quando teve a vantagem numérica: um cruzamento na área encontrou o grandalhão Zigic (2,02 m de altura), e ele inteligentemente escorou para o meio, encontrando Jovanovic. Este, na entrada da área pequena, dominou e num bonito voleio tirou a Jabulani do goleiro. Isso tudo, 1 minuto após a expulsão.
Um balde de água fria no planos alemães. Mas ainda assim praticavam o futebol melhor, e quem diria, mais ofensivo. Porém Ozil e Muller, grandes destaques da primeira partida, corriema bastante, mas não criavam nada de espetacular, como. E Podolski demonstra bastante vontade, principalmente no início do segundo tempo. Impressionante, nem parecia que a Alemanha tinha uma a menos. Khedira acertou um balaço no travessão.
Podolski chamou a responsabilidade para si e colocou a Jabulani na cal. Mas bateu muito mal e Stojkovic pegou. Mais uma amarelada na carreira do atacante. Ele foi muito criticado após a final da Euro 2008 por sumir na hora decisiva. Agora, outra vez não decidiu. Me lembra muito Djalminha.
Cacau entrou para dar mais velocidade, e no final também Mario Gomez para o "tudo ou nada". Mas a grande favorita da primeira rodada caiu. Coisas de Copa do mundo. Coisa do Futebol.
A Alemanha ficou procurando um vilão, como podemos ver nessas declarações de Joachim Low publicadas na revista trivela. Mas a retranca Sérvia foi bem feita, executaram bem a proposta deles.
Foi a primeira derrota da Alemanha na primeira fase desde 1986, quando forma vencidos pela Dinamáquina por 2 x 0.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Dia #7 - França 0 x 2 México - Os Impostores
O jogo prometia ser bom. A França, apesar de todas as desconfianças, tem um bom time no papel. Não tem um bom técnico, definitivamente. Mas os valores individuais tinham tudo para se sobressair e fazer um bom papel.
Mas ão foi o que aconteceu. Pelo visto, a França pós Platini adotou o padrão de vir à copa ou para chegar à final, ou para fazer fazer-nos rir. E essa parece que é a vez de rir.
O México possui o time mais leve da Copa. Já havia comentado sobre Vela e Giovanni, e agora coloco Hernandez nos destaques do time. Eles têm a melhor capacidade de contra ataque da Copa.

Começado o jogo, só o México atacou. O melhor comentário que li, que infelizmente não me lembro a fonte, foi que a França da a impressão que não gosta de futebol, e ta lá meio que obrigada. Não sei o que precisa para motivar este time. Bem, nesse cenário, o primeiro tempo acabou bem morno, de placar zerado.
Para a análise do segundo tempo, confesso que desta vez eu roubei e pedi ajuda a um amigo, Daniel Goldener. O jogo foi muito bom, merecia uma análise de quem tinha assistido com atenção, e como dei um atenção esporádica às imagens propriamente ditas da partida, aqui vai o comentário dele:
No segundo tempo, a França voltou igual. Não só em escalação, mas em inspiração.
A França é a versão mais pálida e sombria dos grandes times de 86 e 98, e até de 2006.
Chega a ser intrigante pensar, caso o Zidane estivesse em campo, se a situação seria muito diferente.
Mas este grupo está mais para 2002, quando foi eliminada sem marcar nenhum gol.
Enquanto a França agonizava, Aguirre jogou o time pra frente. Fez três substituições, a última aos 16min do 2o tempo.
Colocou sangue novo no time, e apostou na experiência de Blanco novamente.
O México chegava com mais perigo que a França.
Até que o Rafa Marquez lançou o jovem atacante Hernandez, que saiu do banco de reservas para fazer livre o 1o gol.
A combalida seleção francesa, que já estava mal, ficou pior. Não armava nenhuma jogada, nenhuma inteligência.
Começou a apelar pra violência, que culminou no pênalti infantil do jogador do Barcelona (Abidal).
O veterano Blanco cobrou mal, mas fez. E o México só administrou depois.
Justiça seja feita, talvez a Irlanda fizesse um papel muito melhor. Se a justiça tivesse sido feita...
Adiciono minha análise a este segundo tempo: Henry era o cara que faria a diferença neste jogo. Domenech mexeu muito mal no time. Acho que Balbuena até criou umas chances, mas ao tirar Govou quem deveria ter entrado era o atacante do Barcelona. Ele tem 3 copas nas costas, tem sucessos e fracassos, e é craque, faria a diferença com certeza. Mas ele acabou ficando no aquecimento um tempão, quase chegou no célebre recorde de Ademir da Guia em 78.
E essa decepção francesa certamente foi a notícia do dia nas mídias sociais, mais até que a vitória portenha. Muitos comentários rodearam a velha expressão que ronda o futebol mexicano: "Jogamos como nunca, perdemos como sempre". PVC apontou essa expressão completando da maneira correta: "O México venceu como nunca tinha vencido" De fato, o México nunca tinha vencido a França na história.
Já Milton Neves quis colocar a culpa na mão de Henry.
Mas o mais curioso talvez seja o comentário no blog do jogador norte americano Jonathan Bornstein, comemorando os gols de Blanco e Hernandez pelo fato de eles serem ex jogaores da MLS, liga americana.
E a melhor de todas foi certamente o comentário do Raí, que está na França comentando jogos para uma tv francesa. Ele postou foto da capa do l'Equipe de hoje: Os Impostores
Mas ão foi o que aconteceu. Pelo visto, a França pós Platini adotou o padrão de vir à copa ou para chegar à final, ou para fazer fazer-nos rir. E essa parece que é a vez de rir.
O México possui o time mais leve da Copa. Já havia comentado sobre Vela e Giovanni, e agora coloco Hernandez nos destaques do time. Eles têm a melhor capacidade de contra ataque da Copa.
Começado o jogo, só o México atacou. O melhor comentário que li, que infelizmente não me lembro a fonte, foi que a França da a impressão que não gosta de futebol, e ta lá meio que obrigada. Não sei o que precisa para motivar este time. Bem, nesse cenário, o primeiro tempo acabou bem morno, de placar zerado.
Para a análise do segundo tempo, confesso que desta vez eu roubei e pedi ajuda a um amigo, Daniel Goldener. O jogo foi muito bom, merecia uma análise de quem tinha assistido com atenção, e como dei um atenção esporádica às imagens propriamente ditas da partida, aqui vai o comentário dele:
No segundo tempo, a França voltou igual. Não só em escalação, mas em inspiração.
A França é a versão mais pálida e sombria dos grandes times de 86 e 98, e até de 2006.
Chega a ser intrigante pensar, caso o Zidane estivesse em campo, se a situação seria muito diferente.
Mas este grupo está mais para 2002, quando foi eliminada sem marcar nenhum gol.
Enquanto a França agonizava, Aguirre jogou o time pra frente. Fez três substituições, a última aos 16min do 2o tempo.
Colocou sangue novo no time, e apostou na experiência de Blanco novamente.
O México chegava com mais perigo que a França.
Até que o Rafa Marquez lançou o jovem atacante Hernandez, que saiu do banco de reservas para fazer livre o 1o gol.
A combalida seleção francesa, que já estava mal, ficou pior. Não armava nenhuma jogada, nenhuma inteligência.
Começou a apelar pra violência, que culminou no pênalti infantil do jogador do Barcelona (Abidal).
O veterano Blanco cobrou mal, mas fez. E o México só administrou depois.
Justiça seja feita, talvez a Irlanda fizesse um papel muito melhor. Se a justiça tivesse sido feita...
E essa decepção francesa certamente foi a notícia do dia nas mídias sociais, mais até que a vitória portenha. Muitos comentários rodearam a velha expressão que ronda o futebol mexicano: "Jogamos como nunca, perdemos como sempre". PVC apontou essa expressão completando da maneira correta: "O México venceu como nunca tinha vencido" De fato, o México nunca tinha vencido a França na história.
Já Milton Neves quis colocar a culpa na mão de Henry.
Mas o mais curioso talvez seja o comentário no blog do jogador norte americano Jonathan Bornstein, comemorando os gols de Blanco e Hernandez pelo fato de eles serem ex jogaores da MLS, liga americana.
E a melhor de todas foi certamente o comentário do Raí, que está na França comentando jogos para uma tv francesa. Ele postou foto da capa do l'Equipe de hoje: Os Impostores
Dia #7 - Grécia 2 x 1 Nigéria - Enyeama vai do céu ao inferno
Não tem muito o que dizer desse jogo. Ele, o paredão amarelo da primeira rodada, ia ser fácil o melhor goleiro da Copa. Lindas defesas à queima roupa, salvando gols que a sua fraca defesa foi incapaz de marcar. Mas a profissão de goleiro é ingrata mesmo.
O time da Nigéria é bem aquém da tradição nigeriana em copas. Oba Oba Martins, e nosso velho conhecido Kanu, jogadores que tem mais experiência no elenco, não tem condições físicas de jogo. Poderiam ajudar no meio de campo e na ligação de ataque, pois no time que joga, existe a dependência total pelo chutão. No jogo, o time ainda saiu na frente em um gol achado, desses que saem nos jogos de série B: Uche bate falta na área, ninguém pega, goleiro grego também não, e a bola entra. Resultado injusto, o empate seria melhor
O time grego era melhor. tinha volume de ataque, com jogadas trabalhadas, ainda que pouco efetivas. Mas lá no fundinho dava para ver alguma coisa daquela Grécia trabalhadora e ganhou a Euro 2004. Aliás, vale lembrar que Otto Rehhagel é o técnico do time desde aquela época.
Do jeito que estava, o jogo não iria mudar. Por isso que disse que o empate seria o resultado mais justo. Mas o jogo mudou: aos 33 Kaita agride de maneira ridícula um jogador grego em uma disputa que já estava fora do campo, e deixa a Nigéria com um a menos. Era a vantagem que os helênicos precisavam.
Daí em diante, o volume de ataque grego aumentou, as tentativas realmente sufocavam a defesa africana, mas paravam no personagem da noite: o goleiro Enyeama. Até chute na pequena área ele tava pegando. Porém, no final do primeiro tempo ele foi traído pelo próprio zagueiro, que desviou e o tirou da jogada, e a Grécia empatou. Era o primeiro gol grego na história das Copas.
Na segunda etapa, o cenário continuou igual. A Grécia tinha mais cara de Eurocopa ainda. (via PVC) Rehhagel colocou o time dominando o meio e criando chances, mas não tinha achado ainda uma solução para vencer a estrela de Enyeama. O goleirão defendia tudo, com personalidade. saía no pé do atacante sem medo e parava chute à queima-roupa. A grécia não ia conseguir.
Mas tem coisas que o futebol faz por si só. Numa jogada fácil, chutada de longe após rebote de escanteio, Enyeama foi traído pelo poder sobrenatural da Jabulani, não conseguiu encaixar e a soltou no meio da área. O lateral Torosidis estava no lugar certo e na hora certa, e colocou para dentro. O goleirão ainda pulou no pé do adversário sem sucesso.
Os últimos 12 minutos foram de total desespero nigeriano, com jogadas de ataque velozes mas pouco perigosas. A Grécia se fechou no contra-ataque, ainda criou novos oportunidades, parando sempre no goleiro.
No final veio a primeira vitória grega em copas. O time tinha seu mérito, mas a culpa foi de um vilão que tinha pinta de herói. São coisas que só o futebol permite.
Queria muito ter lido alguma análise de goleiro sobre a atuação de Enyeama, mas não achi nenhum blog bom de goleiro. Se alguém conhecer algum, compartilhe!
O time da Nigéria é bem aquém da tradição nigeriana em copas. Oba Oba Martins, e nosso velho conhecido Kanu, jogadores que tem mais experiência no elenco, não tem condições físicas de jogo. Poderiam ajudar no meio de campo e na ligação de ataque, pois no time que joga, existe a dependência total pelo chutão. No jogo, o time ainda saiu na frente em um gol achado, desses que saem nos jogos de série B: Uche bate falta na área, ninguém pega, goleiro grego também não, e a bola entra. Resultado injusto, o empate seria melhor
O time grego era melhor. tinha volume de ataque, com jogadas trabalhadas, ainda que pouco efetivas. Mas lá no fundinho dava para ver alguma coisa daquela Grécia trabalhadora e ganhou a Euro 2004. Aliás, vale lembrar que Otto Rehhagel é o técnico do time desde aquela época.
Daí em diante, o volume de ataque grego aumentou, as tentativas realmente sufocavam a defesa africana, mas paravam no personagem da noite: o goleiro Enyeama. Até chute na pequena área ele tava pegando. Porém, no final do primeiro tempo ele foi traído pelo próprio zagueiro, que desviou e o tirou da jogada, e a Grécia empatou. Era o primeiro gol grego na história das Copas.
Na segunda etapa, o cenário continuou igual. A Grécia tinha mais cara de Eurocopa ainda. (via PVC) Rehhagel colocou o time dominando o meio e criando chances, mas não tinha achado ainda uma solução para vencer a estrela de Enyeama. O goleirão defendia tudo, com personalidade. saía no pé do atacante sem medo e parava chute à queima-roupa. A grécia não ia conseguir.
Mas tem coisas que o futebol faz por si só. Numa jogada fácil, chutada de longe após rebote de escanteio, Enyeama foi traído pelo poder sobrenatural da Jabulani, não conseguiu encaixar e a soltou no meio da área. O lateral Torosidis estava no lugar certo e na hora certa, e colocou para dentro. O goleirão ainda pulou no pé do adversário sem sucesso.
Os últimos 12 minutos foram de total desespero nigeriano, com jogadas de ataque velozes mas pouco perigosas. A Grécia se fechou no contra-ataque, ainda criou novos oportunidades, parando sempre no goleiro.
No final veio a primeira vitória grega em copas. O time tinha seu mérito, mas a culpa foi de um vilão que tinha pinta de herói. São coisas que só o futebol permite.
Queria muito ter lido alguma análise de goleiro sobre a atuação de Enyeama, mas não achi nenhum blog bom de goleiro. Se alguém conhecer algum, compartilhe!
Dia #7 - Argentina 4 x 1 Coréia do Sul - Hattrick!
Los hermanos também resolveram desencantar. Inicialmente, chegou a passar pela cabeça de que via o jogo que a Argentina poderia se complicar perante o futebol ágil dos coreanos. Mas um gol contra tratou de quebrar o gelo. Gol que surgiu em falta cobrada por Leonel Messi, então podemos dizer que foi seu primeiro meio gol na Copa (na sumula saiu gol contra mesmo)
Com vantagem numérica, a Argentina se soltou. Messi novamente chamou o jogo para si, buscando a bola na intermediária e criando jogadas de perigo. Além dele, Tevez e Di Maria também buscavam bolas um pouco mais longe da área, o que gerou um jogo de muita movimentação. Também por parte da Coréia, que abusava da velocidade contra a defesa inconstante dos hermanos. O jogo era bom, incomparável com a média da primeira rodada.

Apesar de toda essa característica de buscar o jogo no meio, quem se destacou mesmo foi o atacante que ficou plantado na área. Gonzalo Higuain aproveitou cruzamento na área e completou de cabeça para o gol. Argentina 2x0.
Estava se configurando um passeio portenho. Porém, como nem tudo é perfeito, a defesa hermana é bem fraca. Demichelis, quando era último homem, se enrolou com a bola e perdeu para Lee Chung, que saiu na correria e tocou com classe na saída de Romero. Era o fim do primeiro tempo e a Coreia saía com moral elevada, apesar dos 2 x 1.
Na segunda etapa, como era de se esperar, a Coréia iniciou pressionando, e teve uma clara chance de empate desperdiçada por Ki-hun. O jogo teve tom dramático até os 30 minutos, quand o genro do Maradona Aguero entrou no lugar de Carlitos. E deu uma nova cara ao time. Na primeira jogada trabalhada no chão, por ele Messi e Di Maria, Higuaín, outra vez, estava no lugar certo para empurrar para o gol um rebote da trave. Cinco minutos depois, Higuaín faz seu hattrick, outra vez de cabeça, após cross de Aguero.

Era uma vitória convincente. Vitor Birner disse que era justo, porém o futebol jogado não era para tanto. E curiosamente, indicou o goleiro Coreano Jung para melhor em campo, juntamente com Tevez. Para mim, MEssi mais uma vez foi decisivo, apesar de não marcar diretamente nenhum gol.
Maradona foi o personagem da vez. Acho até que ele é o personagem da Copa. Ele colocou Maxi Rodriguez no lugar do lesionado Verón ,e quando se julgou que isso desse uma retrancada no time, Tevez ficou mais solto e mais ofensivo.. Na mudança, quando tirou o próprio Carlitos, ele era o melhor em campo. Mas o Aguero, que ele colocou, foi decisivo nos lances dos últimos 2 gols, mesmo jogando so 13 minutos. Interessante o comentário feito por Diego Macias, do diário Olé. Recomendo somente que todos que lerem não devem esquecer que foi escrito por um argentino, e eles costumam dar uma valorizada.
A Copa está finalmente tomando forma de Copa.
Com vantagem numérica, a Argentina se soltou. Messi novamente chamou o jogo para si, buscando a bola na intermediária e criando jogadas de perigo. Além dele, Tevez e Di Maria também buscavam bolas um pouco mais longe da área, o que gerou um jogo de muita movimentação. Também por parte da Coréia, que abusava da velocidade contra a defesa inconstante dos hermanos. O jogo era bom, incomparável com a média da primeira rodada.
Apesar de toda essa característica de buscar o jogo no meio, quem se destacou mesmo foi o atacante que ficou plantado na área. Gonzalo Higuain aproveitou cruzamento na área e completou de cabeça para o gol. Argentina 2x0.
Estava se configurando um passeio portenho. Porém, como nem tudo é perfeito, a defesa hermana é bem fraca. Demichelis, quando era último homem, se enrolou com a bola e perdeu para Lee Chung, que saiu na correria e tocou com classe na saída de Romero. Era o fim do primeiro tempo e a Coreia saía com moral elevada, apesar dos 2 x 1.
Na segunda etapa, como era de se esperar, a Coréia iniciou pressionando, e teve uma clara chance de empate desperdiçada por Ki-hun. O jogo teve tom dramático até os 30 minutos, quand o genro do Maradona Aguero entrou no lugar de Carlitos. E deu uma nova cara ao time. Na primeira jogada trabalhada no chão, por ele Messi e Di Maria, Higuaín, outra vez, estava no lugar certo para empurrar para o gol um rebote da trave. Cinco minutos depois, Higuaín faz seu hattrick, outra vez de cabeça, após cross de Aguero.
Era uma vitória convincente. Vitor Birner disse que era justo, porém o futebol jogado não era para tanto. E curiosamente, indicou o goleiro Coreano Jung para melhor em campo, juntamente com Tevez. Para mim, MEssi mais uma vez foi decisivo, apesar de não marcar diretamente nenhum gol.
Maradona foi o personagem da vez. Acho até que ele é o personagem da Copa. Ele colocou Maxi Rodriguez no lugar do lesionado Verón ,e quando se julgou que isso desse uma retrancada no time, Tevez ficou mais solto e mais ofensivo.. Na mudança, quando tirou o próprio Carlitos, ele era o melhor em campo. Mas o Aguero, que ele colocou, foi decisivo nos lances dos últimos 2 gols, mesmo jogando so 13 minutos. Interessante o comentário feito por Diego Macias, do diário Olé. Recomendo somente que todos que lerem não devem esquecer que foi escrito por um argentino, e eles costumam dar uma valorizada.
A Copa está finalmente tomando forma de Copa.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Dia #6 - Uruguai 3 x 0 Africa do Sul - Agora vai!
Mas Diego Forlán tratou de abrir novos tempos para esta Copa. Oscar Tabárez teve uma visão tática incrível e recuou o centroavante do Atlético de Madri, colocando-o com armador (leia PVC aqui). O primeiro gol saiu de um belo chute de longe do atacante.
O resultado foi um jogo dominado pelos uruguaios, com muitas bolas passando por Forlán. Para ajudar na vitória pesou a inexperiência do time Africano. O pênalti que deu origem ao segundo gol uruguaio (também de Forlan) saiu de mais uma falha na linha de impedimento, e resultou também em expulsão do goleiro titular Khune.
O terceiro gol, já nos descontos, só serviu para sacramentar o fato de Parreira ter 4 Copas do mundo com seleções diferente do Brasil e nenhuma vitória.
Diego Forlán foi o grande personagem do jogo. Forlán é um dos poucos jogadores postando mensagens frequentemente durante o torneio. Destaco as mensagens dele pós jogo, e coloco aqui o link para o portal do atacante, com um blog atualizado pela assessoria de imprensa.
Uruguai dá um passo importante na classificação, e deixa a França apreensiva.
Dia #6 - Espanha 0 x 1 Suiça - Zebra

A Espanha é a grande favorita da sabedoria popular. Tem indiscutivelmente o melhor time da copa no papel. Teve campanha 100% nas eliminatórias, não teve grandes problemas de contusão na preparação. Tinha o dever de ganhar convencendo.
A Suíça fez uma campanha boa na fase classificatória, mas nada de muito exuberante. Suas principais estrelas são o meia Frei, que está machucado, e o zagueiro Senderos, que nem é tão bom assim. O principal dado do time suiço é que ele foi desclassificado em 2006 nos pênaltis, e saiu da Copa 2006 sem levar nenhum gol sequer. Parece ironia do destino, mas o último gol que levaram foi justamente da Espanha, na Copa de 94
No primeiro tempo, jogo do nível dessa copa do mundo. A Suíça claramente com propósito destrutivo, e a Fúria com um apagão criativo. O lance mas interessante foi de Senderos dando carrinho no companheiro, se machucando nessa jogada e tendo que ser substituído, um papelão digno de casados x solteiros.
Vicente del Bosque deu um chacoalhão no intervalo, e a postura na segunda etapa foi muito diferente. Tinha uma proposta ofensiva, Xavi e Iniesta criavam oportunidades, mas Silva e Villa tiveram um noite pífia. Quando a Suíca se propôs a tentar um ataque, uma bobeada homérica da defesa espanhola somada a uma sorte descomunal do atacante suíco fez a jabulani sobrar para o caboverdeano naturalizado Gelson Fernandes só empuraar para o gol.
Daí em diante, a Suíça se propôs a realizar um futebol "ultra super" (não achei outras palavras) defensivo. Na Espanha entrou Torres, que colaborou para que a Fúria impusesse um volume de jogo massacrante, fechando inclusive o jogo com posse de 63% (veja PVC). Mas o gol não saiu. Xabi Alonso acertou uma bola violenta no travessão, e Torres tentou umas 3 jogadas que pararam no goleiro.
Mas o gol não saiu. Por incrível que pareça, foi a Suíça que quase ampliou com Derdiyok, quando teve um lampejo de Robinho dentro área e deixou dois zagueiros no chão antes de concluir no pé da trave.
A Espanha tinha feito aquilo que muitos temiam: amarelou. A a Suíça ficou listrada. É a zebra.
Obviamente, esse resultado gerou muito buzz. Segue um aperitivo:
Gustavo Poli resolveu lembrar até Muricy. Miton neves extrapolou o campo, e lembrou da maior rivalidade do tênis atual, entre o suíco Federer e o espanhol Nadal. Fernando Palomo, da ESPN deportes, já quis colocar a culpa no solo africano.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
DIa #6 - Chile 1 x 0 Honduras - Bielsa e o 3-3-1-3
O Chile precisava quebrar o tabu de não vencer em Copas desde o seu mundial caseiro, em 1962. Vinha de uma campanha fantástica nas eliminatórias, que não acontecia há muito tempo. Classificou com muita folga, graças a um returno com 6 vitorias, 2 empates e somente uma derrota para o Brasil. Se pegarmos só o returno, foram melhores quea seleção canarinho, que teve 5V, 3 E, 1 D.

O principal responsável por isso foi o técnico argentino Marcelo "Loco" Bielsa, que deu uma cara ofensiva ao time e fez com que os seus grandes valores El Mago Valdivia, Mark Gonzales, Matias Fernandez e Beausejour jogassem juntos e bem, e serivissem a "estrela do time" Humberto Suazo para o gol. Coloquei entre aspas porque ele não é tão bom assim, mas foi o principal jogador nas eliminatórias.
Honduras caiu de pára-quedas na Copa. Só chegou porque a concorrência de El Salvador, Jamaica, Costa Rica e Trinidad Tobago era bem pior. O único destaque futebolístico é David Suazo, jogador de bons campeonatos em times menores na Itália, mas que quando em 2007 teve a grande chance na Internazionale, decepcionou. E ele não viria para o jogo.
Como era de se esperar, o Chile dominou o jogo do começo ao fim. O selecionado hondurenho é bastante limitado, e não tem organização tática. E o esquema de Bielsa, inovador para o futebol atual, (mas que ele já usou na Argentina em 2002), alia bastante ofensividade com um poder de marcação razoável. Ele se usa de um 3-3-1-3, que mereceu até destaque da Zonal Marking no pré copa. Confere a Matias Fernandez a organização de um ataque aberto com Valdivia e Sanchez nas pontas e Beausejour no meio, na posição que seria do lesionado Suazo.
Essa formação ofensiva se impôs ainda no primeiro tempo, com cruzamento de El Mago e gol de Beausejour. No segundo, ainda entrou Mark Gonzalez (que, por sinal, é sulafricano), e o volume de jogo chileno continuou muito maior do que o hondurenho, mas muitas tentativas foram desperdiçadas. O placar ficou no 1x0, o que nessa copa é goleada.
Destaque da mídia fica por conta da cobertura do diário chileno La Tercera. Parece ser bastante completa, apesar de eles exagerarem um pouco comparando Sanchez a Cristiano Ronaldo e o lateral Isla a Maicon.
A curiosidade fica na entrevista pós jogo de El Mago, dizendo que apenas um telefonema separa ele da volta ao Palmeiras. Será muito bom para a carreira dele jogar sob a tutela de Felipão.
E a segunda curiosidade, um pouco triste, se refere a Beausejour. Ele é filho de pai haitiano e mãe chilena. Esse ano sua vida balançou bastante.
O principal responsável por isso foi o técnico argentino Marcelo "Loco" Bielsa, que deu uma cara ofensiva ao time e fez com que os seus grandes valores El Mago Valdivia, Mark Gonzales, Matias Fernandez e Beausejour jogassem juntos e bem, e serivissem a "estrela do time" Humberto Suazo para o gol. Coloquei entre aspas porque ele não é tão bom assim, mas foi o principal jogador nas eliminatórias.
Honduras caiu de pára-quedas na Copa. Só chegou porque a concorrência de El Salvador, Jamaica, Costa Rica e Trinidad Tobago era bem pior. O único destaque futebolístico é David Suazo, jogador de bons campeonatos em times menores na Itália, mas que quando em 2007 teve a grande chance na Internazionale, decepcionou. E ele não viria para o jogo.
Como era de se esperar, o Chile dominou o jogo do começo ao fim. O selecionado hondurenho é bastante limitado, e não tem organização tática. E o esquema de Bielsa, inovador para o futebol atual, (mas que ele já usou na Argentina em 2002), alia bastante ofensividade com um poder de marcação razoável. Ele se usa de um 3-3-1-3, que mereceu até destaque da Zonal Marking no pré copa. Confere a Matias Fernandez a organização de um ataque aberto com Valdivia e Sanchez nas pontas e Beausejour no meio, na posição que seria do lesionado Suazo.
Destaque da mídia fica por conta da cobertura do diário chileno La Tercera. Parece ser bastante completa, apesar de eles exagerarem um pouco comparando Sanchez a Cristiano Ronaldo e o lateral Isla a Maicon.
A curiosidade fica na entrevista pós jogo de El Mago, dizendo que apenas um telefonema separa ele da volta ao Palmeiras. Será muito bom para a carreira dele jogar sob a tutela de Felipão.
E a segunda curiosidade, um pouco triste, se refere a Beausejour. Ele é filho de pai haitiano e mãe chilena. Esse ano sua vida balançou bastante.
Sobre Peter King
O comentário sobre o jogo do Brasil que mais me chamou atenção foi no twitter do Gustavo Poli:

Realmente a capacidade brasileira de trocar passes foi muito boa. Mas fui olhar o perfil de quem orignalmente postou o comentário, e descobri uma situação interessante.
Trata-se de Peter King, um repórter da Sport Illustrated especializado em NFL, que resolveu fazer uma experiência cobrindo a Copa do Mundo de Soccer. Vale a pena dar um olhada no perfil do twitter dele, @WorldCupKing, como ele relata a primeira experiência numa Zona Mista, e a dificuldade de entrevistar os brasileiros lá.
Ele tem um coluna chamada The Monday Morning Quarterback, que durante a copa se chamará MMQB/Inside the World Cup. Talvez valha a pena dar uma olhada de vez em quando, de como é a visão de um cara que aparentemente não entende muito do esporte (corrijam-me se eu estiver errado).
Porém, um post do cara não poderia passar desapercebido. Típica coisa de Americano:

Façam seus comentários...
Realmente a capacidade brasileira de trocar passes foi muito boa. Mas fui olhar o perfil de quem orignalmente postou o comentário, e descobri uma situação interessante.
Trata-se de Peter King, um repórter da Sport Illustrated especializado em NFL, que resolveu fazer uma experiência cobrindo a Copa do Mundo de Soccer. Vale a pena dar um olhada no perfil do twitter dele, @WorldCupKing, como ele relata a primeira experiência numa Zona Mista, e a dificuldade de entrevistar os brasileiros lá.
Ele tem um coluna chamada The Monday Morning Quarterback, que durante a copa se chamará MMQB/Inside the World Cup. Talvez valha a pena dar uma olhada de vez em quando, de como é a visão de um cara que aparentemente não entende muito do esporte (corrijam-me se eu estiver errado).
Porém, um post do cara não poderia passar desapercebido. Típica coisa de Americano:
Façam seus comentários...
terça-feira, 15 de junho de 2010
Eles se renderam.
Depois de inúmeras reuniões internas extraordinárias, Galvão Bueno resolveu falar ao vivo sobre o CALA BOCA GALVAO.
Pra que quiser ver, será hoje de noite, no Central da Copa.
http://redeglobo.globo.com/novidades/noticia/2010/06/galvao-bueno-se-diverte-com-o-movimento-que-ganhou-internet.html
Pra que quiser ver, será hoje de noite, no Central da Copa.
http://redeglobo.globo.com/novidades/noticia/2010/06/galvao-bueno-se-diverte-com-o-movimento-que-ganhou-internet.html
Dia #5 - Brasil 2 x 1 Coréia do Norte - O Brasil pós samba gosta mais de vencer do que de entreter
Finalmente chegou o dia, já estava demorando demais essa estreia.
A imprensa já não tinha mais do que falar. Essa história de fechar o treino e de antipatia do Dunga com os repórteres já deu tanto bafafá quanto o circo de Weggis em 2006. Por mais que os dois lados tenham razão, já é excessivo o tanto que se trata disso nos diversos jornais. Já estava na hora de falar do futebol.
E isso vai dar o que falar. O Brasil não estreou diferente do resto da copa (exceção feita à Alemanha), como todos queriam. Não deu a goleada espetacular e convincente que todo mundo apostou no bolão. Mostrou um futebol de marcação, com muitos volantes cozinhando a bola no meio lançando Maicon em profundidade para jogadas de fundo.
Não sejamos hipócritas: o que tem de estranho nisso? Usando a palavra que ele mais gosta, digo que Dunga foi coerente. Com o que? Com toda a proposta de futebol que teve nos últimos 4 anos. Na Copa América foi assim, na Copa das confederações também (lembram da vitória suada por 4x3 contra Egito na estreia?), nas eliminatórias idem. Seria ilusão nossa esperar futebol arte dessa Seleção nessa Copa.
A Coréia do Norte jogou com 9 caras atrás da linha da bola. Teve uma obediência tática incrível, que chegava a compensar a falta de talento, como bem destacou Vitor Birner. Cada jogador estava sempre em seu lugar, fechando os espaços de maneira a eliminar qualquer possibilidade de bolas enfiadas.

A seleção era previsível. As únicas jogadas de perigo que conseguia proporcionar eram chutes de fora da área, que ou iam para o espaço ou para defesas seguras do goleiro. Robinho se movimentava bastante fora da área, buscando a jabulani para tentar criar, sem sucesso. O primeiro tempo ficou em branco, e não era injusto.
Para o segundo, o que restava era a esperança de que surgisse algum lampejo individual. O início continuava igual, até que uma bola chegou em Elano, e ele tentou um enésima enfiada para o Maicon. O melhor lateral direito do mundo, já sem ângulo e sem apoio para cruzar para trás, chutou com o intuito de não perder a jogada. Caprichosamente, a Jabulani fez uma curva e entrou entre o goleiro e a trave, e morreu na rede oposta.
O time manteve o padrão, a Coréia também. Finalmente Dunga viu que precisava fazer mais contra esse fraco adversário, e colocou Daniel Alves no aquecimento, para tirar Elano. Quando o 4 árbitro já tinha a plaquinha na mão, Robinho lança na transversal para o lado direito, e encontra o "condenado" Elano. Ele que correu por trás da defesa e completou para a meta, comemorou e já saiu.
Aos pouco, o time ia se soltando ,e parecia que viria mais. Entraram Ramires e Nilmar nos lugares de Felipe Melo e Kaká. Eles deram movimentação diferente à equipe, e especialmente o atacante criou boas possibilidades. Mas quem marcou foi a Coréia do Norte, em uma rara bobeada de Lúcio. Um gol bonito até, um tiro forte e dentro da área sem chaces a Júlio Cesar. Yun Nam, o autor do tento, será proclamado herói nacional.
Um grande ponto negativo a se destacar foi a atuação de Kaká, ressaltada também por Juca Kfouri. Ele está muito abaixo do que pode produzir, parece que joga com o freio de mão puxado com medo que a tal pubalgia venha a doer. Sua maior característica, as arrancadas em direção ao gol, não apareceram. Será que é dor ou só falta de ritmo? Quem colocamos no lugar dele? Julio Batista? Se essa lesão realmente voltar, Dunga vai cair no problema que todos temiam, pois nem o Ronaldinho nem o Ganso estão lá. Seremos monovolantes.
As análises dos blogs variaram bastante. André Rizek e Lédio Carmona bateram muito na tecla do fato que não se podia esperar nada diferente, enquanto o blog da redação do Yahoo pregou a coerência e o mais do mesmo. Um texto interessante foi o do téçnico corintiano Mano Menezes, dizendo que gostou do que viu. Era de se esperar, visto que o estilo dele e o de Dunga não são assim tão distantes.
Para quem gosta de novidades, aqui tem um blog da revista americana Time sobre a Copa, com o texto sobre o jogo do Brasil. O título é interessante: O Brasil Post-Samba gosta mais de vencer do que de entreter.

Domingo tem mais Brasil contra a Costa do Marfim.
A imprensa já não tinha mais do que falar. Essa história de fechar o treino e de antipatia do Dunga com os repórteres já deu tanto bafafá quanto o circo de Weggis em 2006. Por mais que os dois lados tenham razão, já é excessivo o tanto que se trata disso nos diversos jornais. Já estava na hora de falar do futebol.
E isso vai dar o que falar. O Brasil não estreou diferente do resto da copa (exceção feita à Alemanha), como todos queriam. Não deu a goleada espetacular e convincente que todo mundo apostou no bolão. Mostrou um futebol de marcação, com muitos volantes cozinhando a bola no meio lançando Maicon em profundidade para jogadas de fundo.
Não sejamos hipócritas: o que tem de estranho nisso? Usando a palavra que ele mais gosta, digo que Dunga foi coerente. Com o que? Com toda a proposta de futebol que teve nos últimos 4 anos. Na Copa América foi assim, na Copa das confederações também (lembram da vitória suada por 4x3 contra Egito na estreia?), nas eliminatórias idem. Seria ilusão nossa esperar futebol arte dessa Seleção nessa Copa.
A Coréia do Norte jogou com 9 caras atrás da linha da bola. Teve uma obediência tática incrível, que chegava a compensar a falta de talento, como bem destacou Vitor Birner. Cada jogador estava sempre em seu lugar, fechando os espaços de maneira a eliminar qualquer possibilidade de bolas enfiadas.
A seleção era previsível. As únicas jogadas de perigo que conseguia proporcionar eram chutes de fora da área, que ou iam para o espaço ou para defesas seguras do goleiro. Robinho se movimentava bastante fora da área, buscando a jabulani para tentar criar, sem sucesso. O primeiro tempo ficou em branco, e não era injusto.
Para o segundo, o que restava era a esperança de que surgisse algum lampejo individual. O início continuava igual, até que uma bola chegou em Elano, e ele tentou um enésima enfiada para o Maicon. O melhor lateral direito do mundo, já sem ângulo e sem apoio para cruzar para trás, chutou com o intuito de não perder a jogada. Caprichosamente, a Jabulani fez uma curva e entrou entre o goleiro e a trave, e morreu na rede oposta.
O time manteve o padrão, a Coréia também. Finalmente Dunga viu que precisava fazer mais contra esse fraco adversário, e colocou Daniel Alves no aquecimento, para tirar Elano. Quando o 4 árbitro já tinha a plaquinha na mão, Robinho lança na transversal para o lado direito, e encontra o "condenado" Elano. Ele que correu por trás da defesa e completou para a meta, comemorou e já saiu.
Aos pouco, o time ia se soltando ,e parecia que viria mais. Entraram Ramires e Nilmar nos lugares de Felipe Melo e Kaká. Eles deram movimentação diferente à equipe, e especialmente o atacante criou boas possibilidades. Mas quem marcou foi a Coréia do Norte, em uma rara bobeada de Lúcio. Um gol bonito até, um tiro forte e dentro da área sem chaces a Júlio Cesar. Yun Nam, o autor do tento, será proclamado herói nacional.
As análises dos blogs variaram bastante. André Rizek e Lédio Carmona bateram muito na tecla do fato que não se podia esperar nada diferente, enquanto o blog da redação do Yahoo pregou a coerência e o mais do mesmo. Um texto interessante foi o do téçnico corintiano Mano Menezes, dizendo que gostou do que viu. Era de se esperar, visto que o estilo dele e o de Dunga não são assim tão distantes.
Para quem gosta de novidades, aqui tem um blog da revista americana Time sobre a Copa, com o texto sobre o jogo do Brasil. O título é interessante: O Brasil Post-Samba gosta mais de vencer do que de entreter.
Domingo tem mais Brasil contra a Costa do Marfim.
Dia #5 - Portugal 0 x 0 Costa do Marfim - Bom para o Brasil
Grande expectativa para o embate entre Cristiano Ronaldo e Drogba. O segundo, causa furor ainda maior, por ser considerado o principal jogador do Continente da Copa, e pela contusão de uma semana atrás.
Cristiano não marca pela seleção há dois anos, e isso se refletiu na dificuldade de classificação para a copa: só chegaram após a repescagem contra a Bosnia. Mas o time tem outros valores, como Simão Sabrosa, Deco, Ricardo Carvalho, Liedson e Pepe. É vista como segunda força do grupo.
A Costa do Marfim, além de Drogba, tem os Toure's, Gervinho, Kalou, Eboue. Esses coadjuvantes tem o mesmo potencial dos coadjuvantes portugues. Enfim, no papel, são times bem parecidos.

Para o jogo, existia a expectativa grande pela presença de Drogba. Certamente a recuperação dele já é espetacular, mas para mim sair jogando era muito. Uma intervenção, mesmo óssea, exige muito repouso do corpo do atleta, por isso achei que dificilmente ele viria para o campo.
No final, ficou no meio termo, com o astro Africano no banco e Gervinho no time titular. Só pra esclarecer Esse cara tem esse nome pois seu técnico nas categorias de base era brasileiro. Não é filho de brasileiro com tem gente que achava.
E o jogo, bem, o jogo.
Se somou aos demais jogos dessa copa do mundo. Muito truncado, poucas chances, muita disputa física. Cristiano teve um comportamento parecido com Messi no jogo da Argentina. Chamou o jogo para si, não teve uma atuação brilhante, mas jogou bem sim,e foi o melhor em campo. O lance de maior destaque foi um chutaço de fora da área na trave direita, depois de jogada linda. Pelos africanos, Gervinho tentou algumas jogadas pelas pontas, sem muito perigo.
Drogba entrou aos 21 do segundo tempo, e pouco tocou na bola. Mas a partir dos 35 minutos do seundo tempo, uma blitz africana tentava o gol a qualquer custo. Foram 13 minutos no campo de defesa português, tentando por baixo e por cima. Num lance, quase gol de Drogba. Como bem disse Juca Kfouri, quase uma consagração. Mas não foi.
E o jogo ficou no 0 x 0, colaborando para a pior média de gols em todas as copas até aqui.

No fim, vimos dois times com a cara dessa Copa. Times truncados, fechados, que tentam o domínio no meio com poucas jogadas de ataquea. Pela análise do PVC, é a Costa do Marfim que vai dar mais trabalho pro Brasil. Benjamin Back vai na mesma linha.
Sobre o jogo, queria comentar um fenômeno causado pelo jogo: a expressão "Christiano Ronaldo" chegou ao Trending Topics mundial. De se esperar, se não estivesse grafada erada. Mas, como disse no post sobre "Cala Boca Galvao", se a espressão chegar lá, a bola de neve se encarrega de mantê-la no topo.
E tem mais: enquanto escreve este post, percebo que o aplicativo que mostra os TTs na pagina do twitter saiu do ar. Se depender do jogo do Brasil, bem capaz que não volte mais.
Cristiano não marca pela seleção há dois anos, e isso se refletiu na dificuldade de classificação para a copa: só chegaram após a repescagem contra a Bosnia. Mas o time tem outros valores, como Simão Sabrosa, Deco, Ricardo Carvalho, Liedson e Pepe. É vista como segunda força do grupo.
A Costa do Marfim, além de Drogba, tem os Toure's, Gervinho, Kalou, Eboue. Esses coadjuvantes tem o mesmo potencial dos coadjuvantes portugues. Enfim, no papel, são times bem parecidos.
Para o jogo, existia a expectativa grande pela presença de Drogba. Certamente a recuperação dele já é espetacular, mas para mim sair jogando era muito. Uma intervenção, mesmo óssea, exige muito repouso do corpo do atleta, por isso achei que dificilmente ele viria para o campo.
No final, ficou no meio termo, com o astro Africano no banco e Gervinho no time titular. Só pra esclarecer Esse cara tem esse nome pois seu técnico nas categorias de base era brasileiro. Não é filho de brasileiro com tem gente que achava.
E o jogo, bem, o jogo.
Se somou aos demais jogos dessa copa do mundo. Muito truncado, poucas chances, muita disputa física. Cristiano teve um comportamento parecido com Messi no jogo da Argentina. Chamou o jogo para si, não teve uma atuação brilhante, mas jogou bem sim,e foi o melhor em campo. O lance de maior destaque foi um chutaço de fora da área na trave direita, depois de jogada linda. Pelos africanos, Gervinho tentou algumas jogadas pelas pontas, sem muito perigo.
Drogba entrou aos 21 do segundo tempo, e pouco tocou na bola. Mas a partir dos 35 minutos do seundo tempo, uma blitz africana tentava o gol a qualquer custo. Foram 13 minutos no campo de defesa português, tentando por baixo e por cima. Num lance, quase gol de Drogba. Como bem disse Juca Kfouri, quase uma consagração. Mas não foi.
E o jogo ficou no 0 x 0, colaborando para a pior média de gols em todas as copas até aqui.
No fim, vimos dois times com a cara dessa Copa. Times truncados, fechados, que tentam o domínio no meio com poucas jogadas de ataquea. Pela análise do PVC, é a Costa do Marfim que vai dar mais trabalho pro Brasil. Benjamin Back vai na mesma linha.
Sobre o jogo, queria comentar um fenômeno causado pelo jogo: a expressão "Christiano Ronaldo" chegou ao Trending Topics mundial. De se esperar, se não estivesse grafada erada. Mas, como disse no post sobre "Cala Boca Galvao", se a espressão chegar lá, a bola de neve se encarrega de mantê-la no topo.
E tem mais: enquanto escreve este post, percebo que o aplicativo que mostra os TTs na pagina do twitter saiu do ar. Se depender do jogo do Brasil, bem capaz que não volte mais.
Deu no New York Times!
Sim, a maior piada interna de um país chegou ao ny times:
"Tweets of Fictional Galvão Birds Echo Online"
Fantástico o que essa rede pode fazer!
Aliás, ele mesmo já está colaborando:
"Tweets of Fictional Galvão Birds Echo Online"
Fantástico o que essa rede pode fazer!
Aliás, ele mesmo já está colaborando:
DIa #5 - Nova Zelândia 1 x 1 Eslováquia - 90'+3
Legal é que copa surpreende. Quando a gente acha que não vai ter nada para falar de um jogo, o terceiro minutos dos acréscimos muda toda história.
Bom, sobre o pré copa de ambas seleções, serei sucinto. A Nova Zelândia herdou a chance de se classificar depois de 28 anos quando Austrália foi disputar as eliminatórias da asiáticas, e a repescagem deixou de ser sempre com o Uruguai.
Já sobre a Eslováquia, o que eu sei é que deixou de fora a República Tcheca e a Polônia, e mandou a Eslovênia para a repescagem. E tem um jogador de destaque, que aliás aposto que logo logo pinta num clube europeu mais badalado: Hamsik, que hoje joga no Napoli.
O jogo foi nível série A2 do Paulistão. O Ceará sobraria em campo contra qualquer um. Mas vamos lá, alguma coisa de interessante teve...
Segundo Gabriel Sarraceni, do Lance!, os dois times se juntaram ao México como os únicos que usaram 3 zagueiros. O jogo foi embolado no meio, com alguns poucos chutes na primeira etapa. No segundo tempo, um cruzamento achou o atacante Vittek impedido, no que segundo relatos foi o primeiro erro decisivo de bandeirinha no mundial. Gol.
Esse 1 x 0 era até justo, porque o time eslovaco sabia tocar a bola, enquanto os jogadores de rugby neoelandeses tinham muita força mas zero intimidade com a Jabulani (talvez por ela ser redonda).
Os europeus esperavam o apito final, recuados no próprio campo. Mas esperaram demais. Em mais um chutão dos kiwis pra dentro da área, apareceu o zagueiro Reid, que pulou mais alto e marcou. O relógio marcava 48 do segundo tempo, e a cara de decepção dos eslovacos era impressionante.
Os neozelandes, que só maracaram gols em copas em dias 15 de junho, marcou seu primeiro ponto da história.
Comentários interessantes sobre o jogo que pipocaram na rede:
. Segundo a Revista Trivela, esse foi o jogo de menor público até então.
. Esportiva de Guaxupé x Muzambinho FC dão mais espetáculo que #nze e #svk (@milton_neves)
. NZ jogando melhor que esperavam e Eslováquia jogando menos, mas é o jogo de estréia. na 2ª rodada tudo pode mudar.(@galvaobueno) - Até aqui ele usa frases de efeito!
.O jogo não está abaixo da expectativa, até porque não havia expectativa. (@gpoli) - Gustavo Poli, do Globoesporte.com,
Essa é a melhor de todas:
. Tem gente que reclama demais dos jogos da Copa, deveriam passar a vida cobrindo Mirassol x Guaratingueta. Mas todos querem estar na Copa - (@MauroCezarESPN)
Bom, sobre o pré copa de ambas seleções, serei sucinto. A Nova Zelândia herdou a chance de se classificar depois de 28 anos quando Austrália foi disputar as eliminatórias da asiáticas, e a repescagem deixou de ser sempre com o Uruguai.
Já sobre a Eslováquia, o que eu sei é que deixou de fora a República Tcheca e a Polônia, e mandou a Eslovênia para a repescagem. E tem um jogador de destaque, que aliás aposto que logo logo pinta num clube europeu mais badalado: Hamsik, que hoje joga no Napoli.
O jogo foi nível série A2 do Paulistão. O Ceará sobraria em campo contra qualquer um. Mas vamos lá, alguma coisa de interessante teve...
Segundo Gabriel Sarraceni, do Lance!, os dois times se juntaram ao México como os únicos que usaram 3 zagueiros. O jogo foi embolado no meio, com alguns poucos chutes na primeira etapa. No segundo tempo, um cruzamento achou o atacante Vittek impedido, no que segundo relatos foi o primeiro erro decisivo de bandeirinha no mundial. Gol.
Esse 1 x 0 era até justo, porque o time eslovaco sabia tocar a bola, enquanto os jogadores de rugby neoelandeses tinham muita força mas zero intimidade com a Jabulani (talvez por ela ser redonda).
Os europeus esperavam o apito final, recuados no próprio campo. Mas esperaram demais. Em mais um chutão dos kiwis pra dentro da área, apareceu o zagueiro Reid, que pulou mais alto e marcou. O relógio marcava 48 do segundo tempo, e a cara de decepção dos eslovacos era impressionante.
Os neozelandes, que só maracaram gols em copas em dias 15 de junho, marcou seu primeiro ponto da história.
Comentários interessantes sobre o jogo que pipocaram na rede:
. Segundo a Revista Trivela, esse foi o jogo de menor público até então.
. Esportiva de Guaxupé x Muzambinho FC dão mais espetáculo que #nze e #svk (@milton_neves)
. NZ jogando melhor que esperavam e Eslováquia jogando menos, mas é o jogo de estréia. na 2ª rodada tudo pode mudar.(@galvaobueno) - Até aqui ele usa frases de efeito!
.O jogo não está abaixo da expectativa, até porque não havia expectativa. (@gpoli) - Gustavo Poli, do Globoesporte.com,
Essa é a melhor de todas:
. Tem gente que reclama demais dos jogos da Copa, deveriam passar a vida cobrindo Mirassol x Guaratingueta. Mas todos querem estar na Copa - (@MauroCezarESPN)
Dia #4 Italia 1 x 1 Paraguai - Tipicamente Azzurra
Era a vez da Itália

O começo da copa para I Campioni del Mondo. Começo, porém, mais conturbado que o usual. A imprensa italiana é pessimista por definição. Mas dessa vez, o efeito Pirlo estava dando um toque dramático extra.
Uma experiência "Estilo Dunga" com Donadoni foi tentada logo após o título da Alemanha, mas depois de uma campanha não convincente na Euro 2008, incluindo as respectivas eliminatórias, a experiência acabaou mais cedo. Em setembro de 2008, após 2 anos de férias (sério mesmo, ele não dirigiu nenhuma equipe no período) o comandante estava de volta.

Porém, de volta com ele algumas birras eternas, como a não convocação de Antonio Cassano em hipótese alguma, apesar do apelo popular. Não é um caso de "coerência", é birra mesmo. No ano passado, o atacante da Sampdoria levou a Sampdoria a lugares que nao atingia havia muito, fazendo golaços e driblando muita gente. Mas, vai entender. As eliminatórias da copa se deram sem sustos, ainda que num grupo fácil. O baque veio mesmo na Copa das Confederações, depois daquelae baile que Robinho e cia. deram neles. Esse último ano acabou sendo cercado de muita desconfiança para eles. A lista final, com Quagliarella e sem Rossi e Boriello (pra não falar de Totti e Cassano de novo) somou mais críticas ainda.
O Paraguai, para muita gente, tem as mesmas chances que a Itália neste grupo. Fizeram um campanha fantástica nas eliminatórias, lideraram no começo e administraram até o fim. Tudo isso liderados por Salvador Cabañas, que não vem à Copa por ter levaod um tiro na cabeça em um briga de bar. O time é bem montado, e tem no atacante importado da Argentina Lucas Barrios sua maior esperança.
O jogo foi no nível esperado. Muito pegado, tentativas esporádicas de contra-ataques de ambos os times, chances criadas mas não efetivas. A Itália era melhor com a bola no chão. O esquema era um surpreendente 4-3-3, com Iaquinta, Gilardino e a surpresa Pepe, que davam uma cara não usual à Azzurra.
Mas o Paraguai se usou mesmo da bola parada para abrir o placar: falta batida por Torres, Alcaraz, que é mexicano importado, sobe mais alto que Cannavaro e desvia pro gol. Diante do jogo com tentativas para os dois lados, e da falta deefetividade italiana, o resultado não era de todo injusto.

Para o segundo tempo, Buffon fica no vestiário por problema no ciático, volta Marchetti. A Itália volta com um pouco mais de volume que os sulamericanos. Na base da raça, chegou ao empate em jogada de escanteio com De Rossi, numa falha do goleiro Villar.
Até o final do jogo, muita pressão italiana, defesa a qualquer custo por parte do Paraguai. E ficou por isso mesmo. Um resultado no melhor estilo italiano.
A imprensa recebeu esse resultado com críticas, mas passando um certo alívio considerando que o time saiu perdendo e ficou sem Buffon. A Gazzetta dello Sport, famosa por trocadilhos na manchete principal, deu o seguinte título à matéria principal: "De Rossi Para Guai". Guai em italiano quer dizer problemas, complicações.
Na minha opinião, o jogo foi muito bom. Foi o primeiro com dificuldade de copa do mundo, mas que foi disputado dignamente para um copa do mundo. O placar foi miúdo, mas diante de toda tradição defensiva do time, foi um placar normal. Itália sempre é Itália, como destaca o PVC. Legal também o enfoque do Juca Kfouri, comparando o jogo a um GreNal. Lédio Carmona fez uma análise interessante, falando que a partir de hoje, conseidera a Itália um time com solidez invejável.
A Itália sempre funciona melhor aos trancos e barrancos. Mas tende a melhorar durante a competição. Resta saber se o fato de ter 9 jogadores vindos da copa da passada ser;a um fator a favor pela experiência, o contra pela idade.
O começo da copa para I Campioni del Mondo. Começo, porém, mais conturbado que o usual. A imprensa italiana é pessimista por definição. Mas dessa vez, o efeito Pirlo estava dando um toque dramático extra.
Uma experiência "Estilo Dunga" com Donadoni foi tentada logo após o título da Alemanha, mas depois de uma campanha não convincente na Euro 2008, incluindo as respectivas eliminatórias, a experiência acabaou mais cedo. Em setembro de 2008, após 2 anos de férias (sério mesmo, ele não dirigiu nenhuma equipe no período) o comandante estava de volta.
Porém, de volta com ele algumas birras eternas, como a não convocação de Antonio Cassano em hipótese alguma, apesar do apelo popular. Não é um caso de "coerência", é birra mesmo. No ano passado, o atacante da Sampdoria levou a Sampdoria a lugares que nao atingia havia muito, fazendo golaços e driblando muita gente. Mas, vai entender. As eliminatórias da copa se deram sem sustos, ainda que num grupo fácil. O baque veio mesmo na Copa das Confederações, depois daquelae baile que Robinho e cia. deram neles. Esse último ano acabou sendo cercado de muita desconfiança para eles. A lista final, com Quagliarella e sem Rossi e Boriello (pra não falar de Totti e Cassano de novo) somou mais críticas ainda.
O Paraguai, para muita gente, tem as mesmas chances que a Itália neste grupo. Fizeram um campanha fantástica nas eliminatórias, lideraram no começo e administraram até o fim. Tudo isso liderados por Salvador Cabañas, que não vem à Copa por ter levaod um tiro na cabeça em um briga de bar. O time é bem montado, e tem no atacante importado da Argentina Lucas Barrios sua maior esperança.
O jogo foi no nível esperado. Muito pegado, tentativas esporádicas de contra-ataques de ambos os times, chances criadas mas não efetivas. A Itália era melhor com a bola no chão. O esquema era um surpreendente 4-3-3, com Iaquinta, Gilardino e a surpresa Pepe, que davam uma cara não usual à Azzurra.
Mas o Paraguai se usou mesmo da bola parada para abrir o placar: falta batida por Torres, Alcaraz, que é mexicano importado, sobe mais alto que Cannavaro e desvia pro gol. Diante do jogo com tentativas para os dois lados, e da falta deefetividade italiana, o resultado não era de todo injusto.
Para o segundo tempo, Buffon fica no vestiário por problema no ciático, volta Marchetti. A Itália volta com um pouco mais de volume que os sulamericanos. Na base da raça, chegou ao empate em jogada de escanteio com De Rossi, numa falha do goleiro Villar.
Até o final do jogo, muita pressão italiana, defesa a qualquer custo por parte do Paraguai. E ficou por isso mesmo. Um resultado no melhor estilo italiano.
A imprensa recebeu esse resultado com críticas, mas passando um certo alívio considerando que o time saiu perdendo e ficou sem Buffon. A Gazzetta dello Sport, famosa por trocadilhos na manchete principal, deu o seguinte título à matéria principal: "De Rossi Para Guai". Guai em italiano quer dizer problemas, complicações.
Na minha opinião, o jogo foi muito bom. Foi o primeiro com dificuldade de copa do mundo, mas que foi disputado dignamente para um copa do mundo. O placar foi miúdo, mas diante de toda tradição defensiva do time, foi um placar normal. Itália sempre é Itália, como destaca o PVC. Legal também o enfoque do Juca Kfouri, comparando o jogo a um GreNal. Lédio Carmona fez uma análise interessante, falando que a partir de hoje, conseidera a Itália um time com solidez invejável.
A Itália sempre funciona melhor aos trancos e barrancos. Mas tende a melhorar durante a competição. Resta saber se o fato de ter 9 jogadores vindos da copa da passada ser;a um fator a favor pela experiência, o contra pela idade.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Dia #4 - Camarões 0 x 1 Japão - Japonês adora enrolar camarão
Tá complicado essa copa deslanchar, não?
Camarões era minha segunda aposta para este grupo. Mas Eto'o não veio. Disseram que ele deu um Rolex pra cada convocado, pra que eles se motivassem e não ficasse tudo nas costas dele. Camrões fez um jogo pífio, e está fora da Copa. Eto'o não veio na copa passada, e não veio nessa também. Uma pena.
Do Japão, não tinha muito o que falar antes da Copa. Os assuntos eram o brasileiro Tulio Tanaka, que machucou o Drogba, o boato de que os jogadores se rebelaram contra o técnico e a delegação ta com um certo mau estar. Só
Bom, do jogo, a gente viu um Japão tentando muitos cruzamentos. E o goleiro camaronês ganhou quase todos. Quase mesmo, pois o único que passou, achou Honda (o substituto do Vagner Love no CSKA) na lateral da pequena área. Ele dominou e marcou.
Mas foi impressionante a incapacidade de construir alguma coisa por parte de Camarões. Eto'o não deu um chute no gol. Fez uma única jogada do tipo que se espera dele, quando se livrou de 3 marcadores e cruzou para o atacante chutar alto.
No fim, houve muita pressão por parte da seleção africana, e os nipônicos se defenderam como puderam.
E virou piada pronta, como postou Fabio Lucas Neves: o Japão enrolou mais um camarão!
André Rizek, durante a transmissão da Sportv (aqui também), disse que o jogo tava muito ruim, mas as cenas que ele tava proporcionando eram bem legais. Pois então, coloquei tantas cenas aqui...
CALA BOCA GALVAO na Mídia Mundial
A repercussão na imprensa do "CALA BOCA GALVAO":
Certamente, a mais impressionante é a matéria do El País, na Espanha:
http://www.elpais.com/articulo/tecnologia/Cala/boca/Galvao/elpeputec/20100614elpeputec_4/Tes
Tem também no portal Global Voices, meio que fala de Mídias Sociais. (Destaco somente que a matéria é em inglês, mas é feita por um Portuguesa e vive no Brasil):
http://globalvoicesonline.org/2010/06/14/brazil-the-cala-boca-galvao-phenomenon/
E no Brasil:
O Globo
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/06/11/sucesso-mundial-cala-boca-galvao-299364.asp
Info Online:
http://info.abril.com.br/noticias/internet/calabocagalvao-e-termo-mais-tuitado-de-novo-12062010-7.shl
Veja online:
http://veja.abril.com.br/blog/vida-em-rede/twitter/cala-boca-galvao-ganha-versoes-bem-humoradas/
Quem tiver mais links diferentes pelo mundo, compartilhe!
Certamente, a mais impressionante é a matéria do El País, na Espanha:
http://www.elpais.com/articulo/tecnologia/Cala/boca/Galvao/elpeputec/20100614elpeputec_4/Tes
Tem também no portal Global Voices, meio que fala de Mídias Sociais. (Destaco somente que a matéria é em inglês, mas é feita por um Portuguesa e vive no Brasil):
http://globalvoicesonline.org/2010/06/14/brazil-the-cala-boca-galvao-phenomenon/
E no Brasil:
O Globo
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/06/11/sucesso-mundial-cala-boca-galvao-299364.asp
Info Online:
http://info.abril.com.br/noticias/internet/calabocagalvao-e-termo-mais-tuitado-de-novo-12062010-7.shl
Veja online:
http://veja.abril.com.br/blog/vida-em-rede/twitter/cala-boca-galvao-ganha-versoes-bem-humoradas/
Quem tiver mais links diferentes pelo mundo, compartilhe!
Dia #4 - Holanda 2 x 0 Dinamarca - Culpa do gol contra.
Para mim, a Holanda é uma das grandes favoritas. Se não tivesse fama de amarelona, diria que é a mais favorita.
São muitas estrelas individuais no time. Liderados por Robben e Snejder, está toda a turma dos "Van": Van Persie, Van Bommel, Van der Vaart, Van Bronckhorst. Colocamos também Kuyt e Heitinga, temos um time sólido. No coletivo, o time está bem entrosado, fez campanha 100% nas eliminatórias, e sobrou durante os amistosos.
A Dinamarca fez uma campanha de destaque na fase classificatória, principalmente por mandar Portugal de Cristiano Ronaldo para repescagem e a Suécia de Ibrahimovic pra casa. Mas é um time sem nenhum grande destaque, tem no conjunto sua força. Para não dizer que não tem nada, tem o técnico Molten Olsen, que era o líbero da Dinamáquina de 86.
O jogo prometia ser bom. Começou movimentado com a Holanda dominando bastante o meio de campo, mas parando numa defesa com 8 dinamarqueses atrás da bola. Van der Vaart tentou muitas bolas de longe tentando aproveitar do poder da Jabulani.
Mas logo o jogo esfriou. Apesar do contínuo domínio supremo no meio de campo a Laranja não conseguia encaixar jogadas ofensivas. A Dinamarca tentou 2 vezes, sem assustar. Se concentrou mesmo em evitar.
O primeiro tempo acabou com um toque de decepção, como se vê nos cometários de Maurício Torres, e PVC.
Logo no primeiro lance do segundo tempo, Van Persie cruza na área e Simon Poulsen, (que vinha bem), cabeceou nas costas do companheiro, e a bola morreu dentro do gol. Era o primeiro gol contra da copa!
Daí em diante, a Holanda se acalmou, e a Dinamarca de início tentou esboçar reação, mas pouquíssimo efetiva. O time laranja continuou "cozinhando" a bola no meio, tentando algumas jogadas esporádicas. Mas o Van Persie estava irreconhecível, e Snejder não conseguia desequilibrar como faz na Internazionale. Esse time é realmente muito dependente de Arjen Robben.

O técnico holandês então tirou Van der Vaart e colocou o garoto Elia, dando finalmente um novo ânimo ao ataque. Após mais uma jogada trabalhada no meio, Snejder lança de maneira brilhante Elia, que tira do goleiro e a bola bate no pé da trave. Kuyt, que vinha acompanhando de trás, pegou o rebote e mandou para dentro.
No fim, Afellay (substituto de Van Persie) teve uma grande chance, mas Simon Poulsen dessa vez salvou em cima da linha.
Certamente esse jogo decepcionou, e o comentário foi geral (aqui novamente PVC). Eu esperava muito mais força ofensiva. Como aponta Virot Birner, quem decidiu foi o gol contra.
Mas é de se destacar o domínio do time no meio. Terminaram com 60% de posse, perto de 90% de passes certos (info da uol aqui), sendo que trocou quase o dobro de passes do adversário (580 contra 350, em valores aproximados, segundo transmissão da Band). Resta esperar se a volta de Robben vai traduzir esse domínio em gols.
*************************ATUALIZADO as 14h30*************************
Essa foto, que eu peguei no blog do Mauro Cezar Pereira, da ESPN Brasil, merecia muito estar aqui:

Vale a pena visitar o blog lá, tem uma análise legal do jogo.
São muitas estrelas individuais no time. Liderados por Robben e Snejder, está toda a turma dos "Van": Van Persie, Van Bommel, Van der Vaart, Van Bronckhorst. Colocamos também Kuyt e Heitinga, temos um time sólido. No coletivo, o time está bem entrosado, fez campanha 100% nas eliminatórias, e sobrou durante os amistosos.
A Dinamarca fez uma campanha de destaque na fase classificatória, principalmente por mandar Portugal de Cristiano Ronaldo para repescagem e a Suécia de Ibrahimovic pra casa. Mas é um time sem nenhum grande destaque, tem no conjunto sua força. Para não dizer que não tem nada, tem o técnico Molten Olsen, que era o líbero da Dinamáquina de 86.
O jogo prometia ser bom. Começou movimentado com a Holanda dominando bastante o meio de campo, mas parando numa defesa com 8 dinamarqueses atrás da bola. Van der Vaart tentou muitas bolas de longe tentando aproveitar do poder da Jabulani.
Mas logo o jogo esfriou. Apesar do contínuo domínio supremo no meio de campo a Laranja não conseguia encaixar jogadas ofensivas. A Dinamarca tentou 2 vezes, sem assustar. Se concentrou mesmo em evitar.
O primeiro tempo acabou com um toque de decepção, como se vê nos cometários de Maurício Torres, e PVC.
Logo no primeiro lance do segundo tempo, Van Persie cruza na área e Simon Poulsen, (que vinha bem), cabeceou nas costas do companheiro, e a bola morreu dentro do gol. Era o primeiro gol contra da copa!
Daí em diante, a Holanda se acalmou, e a Dinamarca de início tentou esboçar reação, mas pouquíssimo efetiva. O time laranja continuou "cozinhando" a bola no meio, tentando algumas jogadas esporádicas. Mas o Van Persie estava irreconhecível, e Snejder não conseguia desequilibrar como faz na Internazionale. Esse time é realmente muito dependente de Arjen Robben.
O técnico holandês então tirou Van der Vaart e colocou o garoto Elia, dando finalmente um novo ânimo ao ataque. Após mais uma jogada trabalhada no meio, Snejder lança de maneira brilhante Elia, que tira do goleiro e a bola bate no pé da trave. Kuyt, que vinha acompanhando de trás, pegou o rebote e mandou para dentro.
No fim, Afellay (substituto de Van Persie) teve uma grande chance, mas Simon Poulsen dessa vez salvou em cima da linha.
Certamente esse jogo decepcionou, e o comentário foi geral (aqui novamente PVC). Eu esperava muito mais força ofensiva. Como aponta Virot Birner, quem decidiu foi o gol contra.
Mas é de se destacar o domínio do time no meio. Terminaram com 60% de posse, perto de 90% de passes certos (info da uol aqui), sendo que trocou quase o dobro de passes do adversário (580 contra 350, em valores aproximados, segundo transmissão da Band). Resta esperar se a volta de Robben vai traduzir esse domínio em gols.
*************************ATUALIZADO as 14h30*************************
Essa foto, que eu peguei no blog do Mauro Cezar Pereira, da ESPN Brasil, merecia muito estar aqui:

Vale a pena visitar o blog lá, tem uma análise legal do jogo.
Let's Save the Galvão Birds
O propósito original do blog era mostrar a influencia do futebol nas mídias sociais. Ver como eram geradas opiniões a respeito dos acontecimentos futebolísticos, e no atual período, dos acontecimentos da Copa.
E o maior fenômeno dentro desse assunto nos primeiros 4 dias de Copa é com certeza o "CALA BOCA GALVAO". Para quem não viu ainda, ou não sabe o que é, o que aconteceu foi que a frase CALA BOCA GALVAO, escrita desse jeito mesmo, chegou ao topo do ranking de Trending Topics mundial do twitter durante o show de abertura da Copa.
Os desdobramentos disso é que deram um toque engraçado. A criatividade das pessoas chamou muita atenção.
A primeira coisa que se pergunta é como isso começou. Para uma frase chegar ao Trending Topics local, ela é repetida (via ou RT ou não) várias vezes. Quando chega ao TT, o efeito bola de neve se encarrega de mantê-la la. Quando o tema é bizarro, como nesse caso, chama mais atenção, e o processo fica mais rápido ainda. As pessoas veem a expressão na listinha do lado direito da página, clicam, não sabem o que é e tem que reescrever para perguntar para o mundo a respeito. Desse jeito, colaboram mais um pouco para o tópico.
Mas o que certamente potencializou o negócio foi a criatividade que as pessoas tiveram para cirar a respeito da expressão em inglês, e aumentar ainda mais o ranking.
Falaram que era um single da Lady Gaga, E teve fã mais deseperado que foi procurar. Para completar, teve gente que começou a perguntar porque que só os brasileiros conseguiam ouvir esse single.
Até Paulo Coelho entrou na brincadeira:

Mas a melhor de todas as histórias foi mesmo a campanha para salvar os pássaros Galvão: Postaram que "CALA BOCA" significada "SAVE" (Salve), e GALVAO era um tipo raro de ave:

E o negócio não parou por aí. Tem gente que realmente leva as coisas muito a sério.
Criaram um "instituto", com direito a cartaz:

e o melhor de todos, o vídeo institucional:
Definitivamente, essa é a maior piada interna de todos os tempos
E o maior fenômeno dentro desse assunto nos primeiros 4 dias de Copa é com certeza o "CALA BOCA GALVAO". Para quem não viu ainda, ou não sabe o que é, o que aconteceu foi que a frase CALA BOCA GALVAO, escrita desse jeito mesmo, chegou ao topo do ranking de Trending Topics mundial do twitter durante o show de abertura da Copa.
Os desdobramentos disso é que deram um toque engraçado. A criatividade das pessoas chamou muita atenção.
A primeira coisa que se pergunta é como isso começou. Para uma frase chegar ao Trending Topics local, ela é repetida (via ou RT ou não) várias vezes. Quando chega ao TT, o efeito bola de neve se encarrega de mantê-la la. Quando o tema é bizarro, como nesse caso, chama mais atenção, e o processo fica mais rápido ainda. As pessoas veem a expressão na listinha do lado direito da página, clicam, não sabem o que é e tem que reescrever para perguntar para o mundo a respeito. Desse jeito, colaboram mais um pouco para o tópico.
Mas o que certamente potencializou o negócio foi a criatividade que as pessoas tiveram para cirar a respeito da expressão em inglês, e aumentar ainda mais o ranking.
Falaram que era um single da Lady Gaga, E teve fã mais deseperado que foi procurar. Para completar, teve gente que começou a perguntar porque que só os brasileiros conseguiam ouvir esse single.
Até Paulo Coelho entrou na brincadeira:

Mas a melhor de todas as histórias foi mesmo a campanha para salvar os pássaros Galvão: Postaram que "CALA BOCA" significada "SAVE" (Salve), e GALVAO era um tipo raro de ave:

E o negócio não parou por aí. Tem gente que realmente leva as coisas muito a sério.
Criaram um "instituto", com direito a cartaz:

e o melhor de todos, o vídeo institucional:
Definitivamente, essa é a maior piada interna de todos os tempos
domingo, 13 de junho de 2010
Dia #3 Alemanha 4 x 0 Austrália - A aparição do Freddy Mercury Prateado

Finalmente, um jogo com cara de Copa do Mundo. Em interpretação livre da frase acima, hoje nos deram um pouco da magia que faltava!
A Alemanha veio cercada de muita desconfiança. O time já não convence a torcida e a mídia do seu país desde a derrota na final da Euro 2008 pra Espanha. Na preparação, derrota para Argentina em plena Munique azedou de vez o ambiente.
O corte de Ballack (e de seu substituto) às portas da competição foi um baque ainda maior. Joachim Low é um bom técnico, tem bom comando tático, mas parece que não conseguia dar brilho pro time. Klose, considerada maior esperança de gols, foi muito contestado na última semana de preparação, e dizia-se que ficaria no banco dando espaço para o brasileiro Cacau.
A Austrália vinha numa crescente. O desempenho na Copa passada, somado ao excelente domínio nas eliminatórias asiáticas, davam uma boa expressão. O técnico Holandês tentava dar uma cara de futebol no chão, e para os adversários até então tinha dado bastante certo.
Demorou um pouco pra engrenar, a Austrália até começou bem, mas logo se viu uma Alemanha totalmente diferente dos prognósticos. Muita força ofensiva, um time que não dava espaço para a Austrália respirar. Low explorou muito bem a mescla entre experiência e juventude do time. Como Paulo Vinícius Coelho postou logo no iníciou do jogo, a média de idade era de 24,7 anos, e 6 jogadores tinham experiência em mundiais.
Uma figurinha quem ninguém deu muito valor no álbum, (mais precisamente a 272, logo abaixo do Ballack) foi a grande sensação do jogo: Mesuit Ozil. O garoto de 21 anos, de origem turca, deu uma movimentação fantástica ao ataque e era a principal fonte de perigo
E numa jogada muito bem trabalhada, o polonês Podolski recebeu no bico da grande área e chutou uma bordoada pra dentro do gol!Tão falando que ele se usou do poder sobrenatural da Jabulani pra marcar.
Seja como for, era merecido. A movimentação não parava. Foi então que o capitão Lahm cruzou de longe, na medida para o centroavante germanico-polonês Klose marcar de cabeça. So que as contestações sobre ele não cessaram, como podemo conferir com Vito de Palma, da ESPN Deportes na Argentina.
A continuação da partida foi na mesma toada. O técnico dos Socceroos, que é holandês, tentou mudar no intervalo para ver se dava outra cara para seu time, mas não conseguiu. logo no começo da segunda etapa, um possível pênalti não marcado contra os gêrmanicos deixou o time australiano nervoso, e consequentemente mais violento. Até que Tim Cahill (o atacante camisa 4!!!), o melhor aussie em campo, foi expulso por uma entrada por trás, com vermelho direto. Se 11 contra 11 já tava fácil, com um a mais ficou baba.
Numa linda jogada, outro jovem valor de 20 anos chamado Muller (esse originalmente alemão) fez um golaço. E já no fim, veio o primeiro toque de futebol brasileiro em solo africano: Cacau, que havia entrado pouco antes no lugar do Klose, recebe do melhor em campo Özil, e da praticamente seu primeiro toque na bola para empurrá-la pro gol. Tava selada a goleada alemã!
Reproduzo abaixo uma análise publicada pelo PVC, mostrando a movimentação da bola entre os jogadores alemães. Maior o traço, mais passes entre eles são feitos. Interessante ver a depenência das subidas do Lahm (o 16). A matéria inteira pode ser lida aqui.

Fantástico perceber a mistura de raças que compõem esse time da Alemanha. Como destacou o Alex, um turco, dois poloneses e um brasileiro deram número para o grande desempenho do time. Vale lembrar que Podolski, Klose e inclusive Cacau foram para time alemãe ainda nas categorias de base, e só jogaram profissionalmente por times alemães. Cacau teve uma rápida passagem pelo Nacional da Barra funda nos juniores antes de ir para o Nuremberg, levado pelo Paulo Rink
E esse Özil, hein! Realmente o cara é muito bom. E é o personagem do dia, pois virou rapidinho trending topics na mão do Tiago Leifert uma comparação do Kibe Loco dele com o Freddy Mercury Prateado, do Panico. Eu não achei muito não, mas, virou buzz...
Dia #3 - Sérvia 0 x 1 Gana - Pastelão
Para mim, essas eram duas seleções eram grandes incógnitas.
Mesmo tendo um bom Stankovic, a Sériva nunca me convenceu. Foi bem nas elimintaórias, mas teve a sorte de ter a confusão da França de Domenech como unica grande adversária.
E Gana ainda tem cara de eterna promessa. Vem de um ótima exibição em 2006, e de um Mundial Sub-20 fantástico, deixando até o Ganso no chinelo. Mas quando a vêm pra Copa, as seleções africanas sentem a falta de tradição. Com a contusão de Essien, depender só de Appiah, Muntari e os dois Asamoahs (um é o Gyan) é pouco pra Superar o que eu espero de Alemanha e Austrália.
No jogo, a Sérvia até começou agressiva. Mas logo Gana dominou, e quem se destacou foi o Ayew, (que pra nós em português virou o homem vogal, aieu) filho de Abedi Pelé, que pra quem não sabe foi por muito tempo considerado o melhor jogador africano de sempre.
Mas tivemos mais um jogo fraco. Tentativas dos dois lados, chutes de fora do Stankovic, um grande defesa do goleiro Servio.
Quem decidiu o jogo foi Kuzmanovic. De um Sérvio que nasceu na Suíça, não dava pra se esperar que desequilibrasse a favor, certo?? Lembro de participações dele na Fiorentina que eram recheados de chutões e cartões, nada mais.
Ele então resolveu pular com a mão pra cima, na maior inocência. Botou a mão, e jogou o pontinho sérvio no lixo. E pior, deu dois pra Gana, que vão fazer diferença.
Melhor definição foi do Paulo Andrare, da ESPN: lance pastelão. O cara até tentou se desculpar com o povo, mas pode saber que a mãe dele deve tá no trending topics de Belgrado.
No fim, como disse Edmundo, o Animal, foi premiado o esforço Ganês.
Mesmo tendo um bom Stankovic, a Sériva nunca me convenceu. Foi bem nas elimintaórias, mas teve a sorte de ter a confusão da França de Domenech como unica grande adversária.
E Gana ainda tem cara de eterna promessa. Vem de um ótima exibição em 2006, e de um Mundial Sub-20 fantástico, deixando até o Ganso no chinelo. Mas quando a vêm pra Copa, as seleções africanas sentem a falta de tradição. Com a contusão de Essien, depender só de Appiah, Muntari e os dois Asamoahs (um é o Gyan) é pouco pra Superar o que eu espero de Alemanha e Austrália.
No jogo, a Sérvia até começou agressiva. Mas logo Gana dominou, e quem se destacou foi o Ayew, (que pra nós em português virou o homem vogal, aieu) filho de Abedi Pelé, que pra quem não sabe foi por muito tempo considerado o melhor jogador africano de sempre.
Mas tivemos mais um jogo fraco. Tentativas dos dois lados, chutes de fora do Stankovic, um grande defesa do goleiro Servio.
Quem decidiu o jogo foi Kuzmanovic. De um Sérvio que nasceu na Suíça, não dava pra se esperar que desequilibrasse a favor, certo?? Lembro de participações dele na Fiorentina que eram recheados de chutões e cartões, nada mais.
Ele então resolveu pular com a mão pra cima, na maior inocência. Botou a mão, e jogou o pontinho sérvio no lixo. E pior, deu dois pra Gana, que vão fazer diferença.
Melhor definição foi do Paulo Andrare, da ESPN: lance pastelão. O cara até tentou se desculpar com o povo, mas pode saber que a mãe dele deve tá no trending topics de Belgrado.
No fim, como disse Edmundo, o Animal, foi premiado o esforço Ganês.
Dia #3 - Argélia 0 x 1 Eslovênia - Mais um Frango...
Demorei para achar o que escrever sobre esse jogo.
Tanto na minha cameça, quanto na rede.
O post do Vitor Birner foi claramente por obrigação, ele nem achou bem o que dizer, e pediu desculpa pra Jabulani. Realmente, não tinha muito o que dizer mesmo. Lédio Carmona até tentou alguma coisa, mas deve ser por pressão da Globo
O fato é que bola dessa Copa saiu do anonimato. Tem nome (eu sei que as outras também tinham), e um nome que todo mundo sabe. Só que ela não ta satisfeita em ser só coadjuvante. Quer aparecer mais.
E já fez duas vítimas.

O destaque dos comentários vai pra Paulo Bonfá, que ao ver os jogos da Copa teve grande lembrança de Cleeeston!
Tanto na minha cameça, quanto na rede.
O post do Vitor Birner foi claramente por obrigação, ele nem achou bem o que dizer, e pediu desculpa pra Jabulani. Realmente, não tinha muito o que dizer mesmo. Lédio Carmona até tentou alguma coisa, mas deve ser por pressão da Globo
O fato é que bola dessa Copa saiu do anonimato. Tem nome (eu sei que as outras também tinham), e um nome que todo mundo sabe. Só que ela não ta satisfeita em ser só coadjuvante. Quer aparecer mais.
E já fez duas vítimas.

O destaque dos comentários vai pra Paulo Bonfá, que ao ver os jogos da Copa teve grande lembrança de Cleeeston!
Oficialmente no ar!
Esse blog entrou hoje oficilamente no ar. Mas já tem textos sobre a festa de abertura e de todos os 5 jogos que aconteceram até aqui. Não deixe de conferir lá embaixo.
Escolhi criar o blog com este tema não por acaso. Se quiserem saber mais, leiam os dois primeiros posts, sobre minha Motivação e minha Proposta.
Entrem e comentem. Críticas são bem vindas!
Obrigado pela visita!
Escolhi criar o blog com este tema não por acaso. Se quiserem saber mais, leiam os dois primeiros posts, sobre minha Motivação e minha Proposta.
Entrem e comentem. Críticas são bem vindas!
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