terça-feira, 15 de junho de 2010

Dia #4 Italia 1 x 1 Paraguai - Tipicamente Azzurra

Era a vez da Itália

O começo da copa para I Campioni del Mondo. Começo, porém, mais conturbado que o usual. A imprensa italiana é pessimista por definição. Mas dessa vez, o efeito Pirlo estava dando um toque dramático extra.

Uma experiência "Estilo Dunga" com Donadoni foi tentada logo após o título da Alemanha, mas depois de uma campanha não convincente na Euro 2008, incluindo as respectivas eliminatórias, a experiência acabaou mais cedo. Em setembro de 2008, após 2 anos de férias (sério mesmo, ele não dirigiu nenhuma equipe no período) o comandante estava de volta.

Porém, de volta com ele algumas birras eternas, como a não convocação de Antonio Cassano em hipótese alguma, apesar do apelo popular. Não é um caso de "coerência", é birra mesmo. No ano passado, o atacante da Sampdoria levou a Sampdoria a lugares que nao atingia havia muito, fazendo golaços e driblando muita gente. Mas, vai entender. As eliminatórias da copa se deram sem sustos, ainda que num grupo fácil. O baque veio mesmo na Copa das Confederações, depois daquelae baile que Robinho e cia. deram neles. Esse último ano acabou sendo cercado de muita desconfiança para eles. A lista final, com Quagliarella e sem Rossi e Boriello (pra não falar de Totti e Cassano de novo) somou mais críticas ainda.

O Paraguai, para muita gente, tem as mesmas chances que a Itália neste grupo. Fizeram um campanha fantástica nas eliminatórias, lideraram no começo e administraram até o fim. Tudo isso liderados por Salvador Cabañas, que não vem à Copa por ter levaod um tiro na cabeça em um briga de bar. O time é bem montado, e tem no atacante importado da Argentina Lucas Barrios sua maior esperança.

O jogo foi no nível esperado. Muito pegado, tentativas esporádicas de contra-ataques de ambos os times, chances criadas mas não efetivas. A Itália era melhor com a bola no chão. O esquema era um surpreendente 4-3-3, com Iaquinta, Gilardino e a surpresa Pepe, que davam uma cara não usual à Azzurra.

Mas o Paraguai se usou mesmo da bola parada para abrir o placar: falta batida por Torres, Alcaraz, que é mexicano importado, sobe mais alto que Cannavaro e desvia pro gol. Diante do jogo com tentativas para os dois lados, e da falta deefetividade italiana, o resultado não era de todo injusto.

Para o segundo tempo, Buffon fica no vestiário por problema no ciático, volta Marchetti. A Itália volta com um pouco mais de volume que os sulamericanos. Na base da raça, chegou ao empate em jogada de escanteio com De Rossi, numa falha do goleiro Villar.

Até o final do jogo, muita pressão italiana, defesa a qualquer custo por parte do Paraguai. E ficou por isso mesmo. Um resultado no melhor estilo italiano.

A imprensa recebeu esse resultado com críticas, mas passando um certo alívio considerando que o time saiu perdendo e ficou sem Buffon. A Gazzetta dello Sport, famosa por trocadilhos na manchete principal, deu o seguinte título à matéria principal: "De Rossi Para Guai". Guai em italiano quer dizer problemas, complicações.

Na minha opinião, o jogo foi muito bom. Foi o primeiro com dificuldade de copa do mundo, mas que foi disputado dignamente para um copa do mundo. O placar foi miúdo, mas diante de toda tradição defensiva do time, foi um placar normal. Itália sempre é Itália, como destaca o PVC. Legal também o enfoque do Juca Kfouri, comparando o jogo a um GreNal. Lédio Carmona fez uma análise interessante, falando que a partir de hoje, conseidera a Itália um time com solidez invejável.

A Itália sempre funciona melhor aos trancos e barrancos. Mas tende a melhorar durante a competição. Resta saber se o fato de ter 9 jogadores vindos da copa da passada ser;a um fator a favor pela experiência, o contra pela idade.

2 comentários:

  1. O jogo foi com certeza melhor do que muitos outros, mas eu ainda acho que faltou criatividade e principalmente vontade de vencer pra ser um jogo bom e nível copa do mundo. Se bem que a itália é famosa por sua sorte na copa... Eu me pergunto de quem é a culpa por essa copa estar tao monótona... dos jogadores? do treinador? da bola? ou da vuvuzela? :P

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  2. Poxa Tassi, o problema é que a Itália nunca foi criativa. O máximo que ele criam é trocar o lado de onde cruzam. Não da para esperar muito mais deles.
    Mas vontade de vencer eu acho queteve sim, a pressão no final foi muito grande.

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