sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Dia #12 - terceira rodada, a emoção crescente e as grandes decepções

 A terceira rodada da fase de grupos veio pra trazer os jogos mais emocionantes. Times agora tem muito a perder, precisam de resultado. Por isso fica tudo mais dinâmico e intenso.

No primeiro dia, nada muito fora da expectativa. Muita emoção em Equador 1 x 2 Senegal, com a vitória para o time  realmente melhor, e que no fim jogou mais com a alma. Nos outros 3 jogos, a única coisa que se pode chamar de surpresa foi a Holanda ganhar só de 2 do Qatar.

photo: Twitter / Confederation of African Football (CAF)
No segundo dia, a emoção cresceu. França entrou com reservas contra a Tunísia, e valeu a máxima "não tem mais bobo no futebol". Time africano saiu ganhando, Deschamps voltou com Mbappe e a cavalaria pro jogo, mas não reverteram. Dinamarca calcificou sua posição entre as decepções perdendo pra Austrália, e voltando pra casa em ultimo do grupo.

Nos jogos da tarde, a Argentina parece realmente ter acordado. Venho falando aqui no blog que nunca duvidei da classificação deles, e isso se confirmou. E num jogo em que o coletivo falou mais alto do que a "messidependencia". Time ta tomando forma.
Na transmissão do Casimiro na Twitch, o Juninho Pernambucano classificou a apresentação da Polonia como "a pior de uma time numa copa do mundo". Realmente jogaram pra não perder, mas não acho que seja pra tanto. É o estilo da Polonia que vimos na copa passada, nas eliminatórias, na Euro. Agora o México ,demorou a acordar, e pagou por isso. Fica o registro pro golaço de falta que eles marcaram. Arabia Saudita pega o carro e vai pra casa com campanha histórica mesmo assim.

A grande decepção da Copa pra mim é Belgica. Apostava bastante nessa geração, desde a copa passada. Sim, era um time envelhecido que vinha pro Qatar, mas ainda com jogadores que desequilibram. O trabalho longo do tecnico Roberto Martinez credenciava para voos mais significativos. Saída melancólica, so um gol marcado, Lukaku chutando na trave e quebrando o banco de reservas. E parabéns pro bem organizado time do Marrocos, passando em primeiro. Uma das grandes histórias dessa copa.

photo: Jennifer Lorenzini/Reuters
Nos jogos do fim do dia, aí a emoção foi no talo. Em algum momento dos 90 minutos, todas as seleções estiveram classificadas. Espanha começou aniquilando o Japão, poderia ter resolvido o placar. Alemanha ia fazendo sua parte, marcando primeiro. Mas foi um daqueles episódios lindos que só a copa do mundo te propicia. Japão volta pro segundo tempo com muita concentração e determinação, e vira o jogo rapidamente, tal qual no primeiro jogo. E com um golzinho bem polemico pra dar mais emoção ainda. Los Ticos de Costa Rica tiram forças não sei de onde e chegam a virar o jogo. Vale guardar o print daquele momento que Espanha e Alemanha estavam
desclassificadas. Mas o Harvetz entra em campo e tem um exibição bem sólida, talvez a melhor do time na Copa, faz 2 gols e da assistência pra mais um. No fim, faltava um gol espanhol pra ordem mundial do futebol se reestabelecer, mas ele não rolou.

Print do Globoplay daquele momento que poderia ter ficado para a história da humanidade.

Alemanha classificou a Espanha, mas a Espanha não classificou a Alemanha. Esse time espanhol parece bastante os germânicos de 2010. Vinha com força, mas era inconstante, e parou na semifinal (pra depois ganhar em 2014). Espanha muitas vezes lembra a gente que tem uma média de idade baixíssima, quase que ele todo foi prata olímpica ano passado. Acho que esse ano vão avançar, mas não tanto, e vêm forte na próxima.

E o líder do grupo foi, quem diria, o Japão!


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