domingo, 27 de novembro de 2022

Dia #7 - Argentina ressurge, França se reafirma

 Começou a segunda rodada.


E nela, já vimos o Irã voltar a sonhar, Enner Valencia voltar a brilhar, Senegal respirar e no duelo Football x Soccer ninguém empolgar.

Também vimos que a Austrália  na força bruta ainda tem chance, e que Lewandowski acordou e jogou um balde de água fria no sonho Saudita de cravar a classificação.

Mas duas partidas é que foram as importantes.

A França mais uma vez calando críticos. Apesar do caminhão de desfalques, encarou a pedreira Dinamarca e desenrolou muito bem. Vale destacar que a Dinamarca fez campanha de 9 vitórias e 1 derrota nas eliminatórias, e na atual UEFA Nations League eles venceram os franceses 2 vezes, em junho e setembro desse ano.

O jogo foi disputado no meio campo, com os Azuis criando chances sem mira no primeiro tempo.  Até 
photo: Skysports.com
aconteceu uma defesa do dinamarquês Kasper Schmeichel com as pernas, mas foi só. No segundo tempo, foi a individualidade que desequilibrou. O menino Mbappe tá mostrando pra todo mundo que gosta de Copa do mundo, e sabe jogá-la. No minuto 62 ele desenrolou uma jogada pelo lado, usou o Giroud como tabela dentro da área e abriu o placar.

Logo em seguida a Dinamarca mostrou força e empatou em jogada aérea, com Christensen, que apesar de zagueiro deve ser atualmente seu melhor jogador. Esse empate acordou o time nórdico, que criou 3 ótimas chances e exigiram do goleiro Lloris boas participações. Mas no fim, o menino resolveu de novo: cruzamento de Griezmann, gol de coxa em disputa na pequena área, França classificada e Mbappe artilheiro da Copa.


Messi e a Argentina também foram a campo, sob pressão de eliminação com derrota e quase eliminação com empate. Eu vejo essa pressão sofrida pelos hermanos muito parecida com a pressão que o Brasil tinha em 2014 pela copa em casa. Não é uma pressão somente externa, é algo interno, deles mesmos, que gera um nervosismo e acarreta decisões precipitadas e erradas ao longo do jogo.

Há uma dependência da genialidade do Messi muito maior do que a expectativa. Esse Time do Scaloni parecia estar livre dessa dependência no mesmo nível que o Brasil está se libertando do Neymar. Mas não está.

Foi um primeiro tempo muito ruim, com a primeira bola Argentina no alvo aos 33 minutos, e melhor lance uma cobrança de falta mexicana para uma linda defesa de Emiliano Martinez, aos 44.

No segundo sinceramente não mudou muito. Quem teve que resolver foi o Messi mesmo, até então bem apagado. Aos 19’ recebeu um passe de Di Maria, e acertou um chute rasteiro de fora da área naquela janela do espaço-tempo que só os gênios conseguem.Tirou o peso das costas do tamanho de um país.

México até tentou reagir, mudou peças, mas não é a seleção competitiva de outras copas. E os hermanos jogando com mais tranquilidade puderam desenvolver um futebol mais próximo do que se espera. O resultado foi uma jogada dentro da área de Enzo Pérez, sensação do campeonato português desse ano, e um gol maravilhoso. A Argentina definitivamente ressurge, e volta a ser uma das candidatas a ir longe na copa. 

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