Jogo tenso. Um país de imensa tradição, outro de nem tanta assim. Um time cheio de estrelas, outro com uma ou outra cara bem conhecida, e outros vários carregadores de piano.
Os olhos todos sobre o jogo, agora empatado. Não é este o resultado que decreta a morte em si, mas vai dar discurso e pressão sobre o vexame da desclassificação precoce sobre a equipe de tradição. Uma bola serve pra mudar o jogo. Mudar a pressão. Mudar tudo. E uma bola veio. O gol veio. O choro veio. O campeão voltou.
Essa narrativa resume sem problemas os dois principais jogos da segunda rodada na visão do público brasileiro.
Primeiro, o nosso jogo. Crescimento técnico e de atitude foi visível em relação ao jogo anterior. O adversário era mais fraco, mas não houve chance pro azar. No segundo tempo, com a entrada de Douglas Costa o time melhorou ainda mais, e o gol era realmente questão de tempo. Foram muitos chutes a gol, muitas bolas pro Navas aparecer.
E valeu a persistência e o volume de jogo imposto. Tentativas seguidas, criações seguidas. Jogo até o fim. Nos descontos também vale. Prêmio a um ótimo Coutinho, eficiente e trabalhador. O cara ideal pra tirar o peso das costas do time. Pra trazer de volta o campeão. O maior deles.
No fim, ainda deu tempo de mais um, como se a porteira tivesse sido escancarada. Assim como a imagem do choro. Quatro anos depois, mais uma vez o choro...
Agora, o jogo deles. Suécia é bem melhor que a Costa Rica. Mas a Alemanha era até então bem pior que Brasil. Nada encaixa, passes errados, finalizações ruins. Sai atrás no placar, até de pouco.
Segundo tempo, cenário melhora. Empate logo no início, e dali jogo de ataque contra defesa. Problemas técnicos vão aparecendo, mas principalmente o nervosismo. Goleiro sueco pega bolas “sinistras”, a trave aparece onde não deveria. O emocional pegou mesmo o frio povo alemão.
Chegamos também nos descontos. Um cara pega a bola, sofre aquela falta naquele lugar. Pra um time desses, vc não dá uma falta dessas nesse momento. O alemão é um povo frio, calculista. E preciso. Kroos rolou a bola os 137 centímetros que ele precisava pra tirar da barreira. E fez. E trouxe o campeão de volta. Atualmente, o melhor de todos.
Bem, que campeão que vai prevalecer? Será que os campeões vão se encontrar? Eu torço para que sim. E pra que seja após duas grandes vitórias de ambos na terceira rodada, ambos com a moral lá em cima. Pra vermos se a frieza voltou, se o choro foi desabafo e descarrego, se técnica e a classe vão ser testadas, se vai ter ousadia e alegria, se o 7a1 foi acidente de percurso ou freguesia. Tomara que venha.
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