quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Dia #4 - Protestos mais incisivos, e a primeira aparição do futebol maroto

 Dia de quebrar todos os bolões. 


Um Marrocos x Croácia logo cedo com um 0 x 0 lembrando um jogo qualquer de campeonato paulista entre times do interior. Times tentando jogadas esporádicas, goleiros fazendo umas poucas defesas importantes. Nada além. 

Mas no segundo jogo do dia, Alemanha e Japão, vem a história. 

Antes, o time entra em campo com respaldo da federação alemã para um protesto mais incisivo que o da Inglaterra. Neuer inicialmente escondeu qual braçadeira estava usando, e foi questionado pela
arbitragem (usou a permitida). Mas vai ficar pra história mesmo a foto oficial )que a FIFA em si não divulgou) tapando a boca em sinal de censura. Achei um protesto muito bem colocado, impactante, que passou a mensagem. Curioso pra saber de quem foi a ideia l. Pra completar, vi passando no LinkedIn foto de dirigentes alemães usando a braçadeira One Love nas arquibancadas. Infelizmente perdi a referência, se alguém tiver me envie.

Photo by Alexander Hassenstein/Getty Images


No campo, mais história. É um roteiro muito parecido com o dia anterior: muito volume de jogo alemão no primeiro tempo, chances criadas, mas só um gol de pênalti, e mais um anulado. No segundo tempo, afobação da Alemanha e eficiência japonesa, com gols aos 30 e aos 38. No primeiro o Neuer rebateu pra dentro de uma forma que ele não faria em copas anteriores. E no segundo, bela jogada e um chute quase sem ângulo. 
A Alemanha tá longe de ser uma favorita que foi em copas anteriores, bem menos que a Argentina. É um momento de transição de gerações, mudança de técnico, medalhões envelhecidos. Vamos ver se junta os cacos pra seguir adiante. Comparando mais a vez com nossos hermanos, vejo aqui um grupo mais difícil, e por isso não cravo uma classificação certa aqui, muito menos em primeiro. 

Photo by Javier Solano/AFP
No jogo do almoço, um novo favorito desponta. Desde 2010 a Espanha sempre figura entre os favoritos padrão das Copas, é verdade. Mas dessa vez a percepção era de um “favorita de segundo escalão“, pelo
time jovem, ainda em consolidação após uma ótima euro perdendo para a campeã nos pênaltis. Os prognósticos todos indicavam uma vitória espanhola diante da Costa Rica. Mas o que tivemos foi uma vitória maiúscula, pro 7x0, virando 3x0 no intervalo. Troca de passes fácil, chutes certeiros, aproveitamento alto de passes. Um futebol leve, maroto, alegre, com espírito da molecada. Essa apresentação colocou definitivamente a Espanha no rol das favoritas, com imponência.

Bem, teve mais um jogo no dia, bem menos impactante. A geração Belga entrando na sua última chance de copa, mas num ritmo de sofrimento. Lukaku está fora, seu reserva nao correspondeu. De Bruyne esboça lampejos de sabedoria, mas não carrega o piano sozinho. No fim, 1x0 contra um esforçado Canadá, que perdeu um pênalti. Vamos ver os próximos jogos.

Quero ver como ficam os bolões daqui pra frente. Dois dias de muita reviravolta. 

Um comentário:

  1. Acho difícil entender porque não tem protesta contra os abusos dos imigrantes que “trabalharam” pra construção dos estádios (eles não tem voz em verdade) e a corrupção pra fazer o mundial em Qatar (como normalmente acontece nos mundiais) sendo que a corrupção é pelo menos tão perigosa como o censorship do One Love considerando as estadísticas dos grupos de pessoas afectados em casa caso

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